Celebração


ID: 2651

Ezequiel 37.1-14

Auxílio Homilético

09/03/2008

Prédica: Ezequiel 37.1-14
Leituras: João 11.1-45; Romanos 8.6-11
Autor: Jorge Batista Dietrich de Oliveira
Data Litúrgica: 5º Domingo na Quaresma
Data da Pregação: 09/03/2008
Proclamar Libertação - Volume: XXXII

1. Introdução

Estamos no 5º Domingo da Quaresma. Neste tempo, somos convidados a acompanhar a caminhada de Jesus até a cruz, sua paixão, morte e ressurreição. Os textos indicados são apropriados e perfazem uma unidade temática, pois falam da vida que vence a morte. O profeta Ezequiel anuncia que Deus mesmo tirará das sepulturas o seu povo e o fará voltar à amada terra natal. Seu povo conhecerá que Deus é o Senhor quando ele derramar em abundância o seu Espírito, trazendo vida e liberdade. Paulo afirma que o Espírito que ressuscitou Jesus dentre os mortos também ressuscitará a nós, para que participemos da vida plena de Deus. E João nos apresenta Jesus como doador da vida e vencedor da morte. Vejamos:
Ezequiel 37.1-14 – A visão do vale dos ossos secos marca a passagem das mensagens de juízo para o anúncio de uma nova esperança para o povo de Israel. Deus anuncia, por intermédio do profeta, que o povo, que está sem esperança e sem futuro, voltará a viver de novo, pois o próprio Deus o levará de volta da escravidão na Babilônia para casa, a terra de Israel.

Em Romanos 8.6-11, Paulo sublinha o antagonismo existente entre morte e vida e estabelece um contraste entre os que vivem de acordo com a velha natureza humana e os que vivem de acordo com o Espírito de Deus. O cristão recebe uma nova vida, que é dada e dirigida pelo Espírito de Cristo. A transformação no pensar e agir de cada pessoa é ação do Espírito. Embora o nosso corpo vá morrer por causa do pecado, o Espírito nos dá vida, pois Cristo vive em nós. A garantia de nossa ressurreição é a habitação do Espírito de Cristo em nós.

Em João 11.1-45, a ressurreição de Lázaro é o último e maior sinal que Jesus realiza. Com esse milagre ele afirma: “Eu sou a ressurreição e a vida” e mostra que tem o poder de chamar aquele que estava morto, havia quatro dias, novamente à existência. Esse chamado vivificante confirma que a vida plena da ressurreição já está presente naqueles que vivem com Jesus.

2. Exegese

A perícope em estudo ocupa lugar no conjunto dos capítulos 33 a 37: oráculos de esperança e de consolação, característicos da segunda parte do ministério de Ezequiel, quando esse se encontra, juntamente com seu povo, no exílio babilônico, após 587 a.C.

Dividimos o relato em duas partes: na primeira, o profeta descreve a visão (v. 1-10); na segunda, explica o seu significado (v. 11-14). Ambas as partes estão interligadas, perfazendo uma unidade.

V. 1 – “A mão de Javé” aparece sete vezes em Ezequiel (1.3; 3.14, 22; 8.1; 33.22; 37.1; 40.1). Essa expressão serve para introduzir um novo oráculo ou um novo capítulo. Dá uma idéia do poder com que o Senhor se revela ao profeta para agir e falar por seu intermédio.

O espírito de Javé pousa/instala o profeta no meio do vale de ossos secos. Aqui não se sugere a idéia de um cemitério, pois os ossos estão expostos, nem há referências sobre a origem das ossadas. Quanto ao local, o vocábulo “vale” é usado somente por Ezequiel e apenas duas vezes, aqui e em 3.22. Contudo, não há indícios suficientes para definir o local.

Esses detalhes não são importantes, pois se trata de uma visão, metáfora de um povo exilado que olha para sua história e se reconhece sem esperança, conforme o v. 11: “Nossos ossos se secaram, e pereceu nossa esperança; estamos de todo exterminados”.

V. 2 – O profeta anda entre os ossos e constata que eram mui numerosos e estavam sequíssimos. Esse quadro expressa uma realidade sem esperança.

V. 3 – Apresenta o problema existencial: “poderão reviver esses ossos?”. Não há evidências de que Ezequiel cresse numa doutrina de ressurreição geral dos mortos, pois nem sequer se cogitava essa possibilidade em Israel nesse período. Por outro lado, qualquer israelita piedoso não duvidaria de que Deus pudesse restaurar a vida aos mortos, como por exemplo em 1 Reis 17 e 2 Reis 4.33s. Por isso o profeta é cuidadoso na resposta: “Senhor Deus, tu o sabes”.

V. 4 – Ezequiel recebe a ordem de profetizar aos ossos secos para que esses ouçam a palavra do Senhor e vivam. Isso lembra Gênesis 1, quando Deus falou e a vida foi criada.

V. 5 – Destaca-se aqui o verbo entrar/vir (bô’ ). Esse aparece também nos v. 9, 10 e 12. A finalidade da ação divina é que os ossos vivam, e é por isso que o espírito precisa entrar neles.

A palavra hebraica rûah aparece nessa perícope com três sentidos diferentes. Nos v. 1 e 14 significa Espírito, nos v. 5, 6, 8, 9 e 10, fôlego, sopro de vida, hálito. No v. 9, vem precedido do artigo e significa vento ou ventos.

V. 6 – Javé é sujeito da frase; é ele quem age e o povo saberá/conhecerá (yd’) que Deus é Senhor, que pode criar a vida e fazer viver de novo. A revelação de Deus faz-se em sua ação. A expressão “Então sabereis que eu sou Javé” aparece também no v. 13. Ezequiel emprega 54 vezes essa fórmula em seu livro, sempre após anunciar a ação de Deus. O povo não pode viver a não ser que conheça o Senhor, a fonte da vida, cf. Ezequiel 47.

V. 7 e 8 – Enquanto Ezequiel profetiza, o povo é recriado pelo poder da palavra. Juntam-se osso a osso, recebem tendões, carne e pele. Falta-lhes, porém, a vida (rûah).

V. 9 e 10 – A profecia se concretiza. A vida vem pelo sopro de Deus, semelhante a Gn 2.7. Esse sopro de vida vem dos quatro ventos, que também se chamam rûah em hebraico (rûhôt,). Esse jogo de palavras significa que o sopro vem dos quatro cantos da terra, como em 1.17 e 7.2.

V. 11 – Traz a interpretação da visão e é a chave para entender o texto. Os ossos secos são toda a “casa de Israel”, ou seja: o conjunto dos israelitas exilados, os do norte e os do sul. Esses perderam a esperança e consideram-se mortos, secos, tal qual o montão de ossos espalhados pelo vale. Não enxergam saída num futuro para si e afirmam: “... e pereceu a nossa esperança; estamos de todo exterminados”. O lamento fornece a imagem-base da profecia. O profeta, em resposta ao clamor do povo, afirma a esperança na ação de Javé, que devolverá a vida e a liberdade.

V. 12 – A visão começou com ossos expostos (v. 1), mas agora se amplia incluindo as sepulturas (significa a nação onde se encontram), para ilustrar a ação de Javé, que levará Isael de volta a uma nova vida em sua própria terra, após seu estado de morte, no exílio babilônico.

V. 13 e 14 – Então todos conhecerão que Javé é Deus, cf. o v. 6.

Pousar / instalar (nûah) – O mesmo verbo é usado no v. 1 para afirmar que o espírito de Javé pousa o profeta no meio do vale, onde se encontram os ossos secos, e aqui para dizer que é Deus quem instalará os israelitas em seu país. Deus age quando humanamente tudo parece perdido e faz o povo reconhecer que ele é Senhor.

3. Meditação

A exemplo de Ezequiel, a pregadora e o pregador são chamados a olhar para sua realidade de ossos secos. Compartilho aqui o meu olhar:

Nossa realidade parece diferente daquela apresentada pelo profeta Ezequiel. Não estamos no exílio, somos uma nação soberana e livre. Entretanto, vivemos numa sociedade neoliberal, onde se cultuam e sacrificam pessoas ao deus “mamon”. O que importa é o acúmulo de capital e a riqueza. Para obtê-los, passa-se por cima dos direitos e da dignidade humana, transformando as pessoas em verdadeiras máquinas. Quando essas não produzem o desejado, são trocadas por outras, mais eficazes. O ser humano é considerado uma simples peça de reposição, que pode ser descartada e jogada fora quando não serve mais, pois a lógica do lucro não conhece a compaixão. Cria-se, assim, uma sociedade de qualificados e outra de excluídos, que cresce cada vez mais, gerando miséria, doenças e morte. Isso me parece mais cruel do que o exílio babilônico.

As ambições desenfreadas vão matando os últimos sinais de solidariedade que ainda se aninham no coração humano. Na luta pela sobrevivência, as pessoas tornam-se individualistas e insensíveis à dor alheia. Não seria exatamente a solidariedade a grande solução para acabar com a ganância e fazer o ser humano descobrir a responsabilidade comunitária na construção do bem-estar?

É sabido que a estrutura político-econômica de um país tem relação direta com a qualidade de vida do seu povo. Claro que a saúde e a dignidade da vida não devem ser responsabilidades exclusivas do Estado, mas, quando esse deixa de investir na área da saúde, da educação, dos transportes e da moradia, está sonegando o mais elementar direito ao cidadão brasileiro. Saúde não é apenas a ausência de doença, mas sim a interação da pessoa com a sociedade. Para isso é preciso levar em consideração a alimentação, o lazer, o descanso, a família, a moradia e outros. Estou cada vez mais convencido de que a saúde do ser humano depende de um relacionamento saudável consigo mesmo, com a natureza, com os outros e com o próprio Deus.

No Brasil, assistimos à desvalorização do ser humano pelo sistema que gera as doenças e nega o acesso à medicina. Como podemos não enxergar que o pobre sofre por causa da desnutrição, da falta de atendimento médico e de dinheiro para comprar os remédios? Já o rico sofre com a preocupação de manter o que tem e a ambição de conseguir cada vez mais. Ambos sofrem, uns pela falta e outros pelo excesso. Esse desnível social traz sérios reflexos para a saúde de nosso povo.

Nesse contexto, tão carente de cura, pergunta-se pelo papel da igreja. O que a IECLB pode fazer para promover, em nossa sociedade, saúde e dignidade humana? Por que a grande maioria de nossos membros, quando estão doentes, afastam-se da igreja?

Na grande maioria de nossos cultos não existe espaço para as pessoas falarem de sua dor. Quando alguém rompe o silêncio e desmascara a realidade de sofrimento presente entre o povo de Deus, gera desconforto e cria um impasse, porque não se sabe o que fazer com essa dor. Parece que a igreja esqueceu o Cristo sofredor, que se solidariza com os que sofrem. Esqueceu sua função de hospital, conforme Lutero tão bem ensinava. Muitos membros pensam que a igreja fracassou, revelando sua impotência diante da dor e do sofrimento.

No momento em que escrevo esta mensagem, o papa Bento XVI está em visita ao Brasil, empenhando-se na revitalização do rebanho católico brasileiro, que vem perdendo 1% de seus fiéis por ano. Em seus discursos, percebe-se uma ênfase na reconquista dos jovens e na opção preferencial pelos pobres.
Também nós (IECLB) estamos decrescendo. Sentimos o afastamento silencioso de nossos membros, especialmente os jovens, que buscam em propostas neopentecostais um novo jeito de viver a fé.

Felizmente, sobrou um “resto fiel” de “cabecinhas brancas” que participa de nossos cultos. Assemelha-se ao povo de Israel que clama: “Nossos ossos se secaram, e pereceu nossa esperança; estamos de todo exterminados”. Afinal, qual é o futuro de uma igreja que encolhe a cada ano?

A mensagem de esperança anunciada por Ezequiel é também a necessidade de nosso tempo. É preciso apontar para experiências em que sepulturas foram vencidas. Exemplos nos quais o viver comunidade foi importante para restaurar a saúde de pessoas. Obviamente, cada contexto terá as suas.

A exemplo de Ezequiel, nós também somos chamados para profetizar restauração ao nosso povo, por vezes tão seco de esperança quanto os ossos espalhados pelo vale. Profetizar é proclamar a palavra de Deus, que anuncia esperança e vida em meio ao sofrimento e à morte. Estamos, assim como o profeta, numa situação de impotência. Não conseguimos com nossas forças mudar a realidade. Somente pelo poder e pela ação do Espírito de Deus haverá um re-avivamento de nossas comunidades. Nossa tarefa é obedecer à ordem de Deus para profetizar a reorganização de nossas comunidades, assim como aconteceu com os ossos secos que receberam tendões, carne e pele. Somos chamados a proclamar a solidariedade, a justiça, a partilha, a fraternidade. Anunciar o chamado de Deus para sermos comunidade terapêutica que acolhe pessoas sofridas e trata suas feridas. Ainda assim, falta-nos profetizar ao Espírito: “Vem dos quatro ventos e assopra vida em nossa realidade marcada pela morte”.

Nesse sentido, as leituras podem sinalizar que a esperança de vida anunciada pelo profeta Ezequiel concretiza-se em Jesus Cristo, pois ele suportou a morte para nos trazer vida. “Para reunir em um só corpo os filhos de Deus, que andam dispersos” (Jo 11.47-53). Jesus torna-nos filhos de Deus. Recebemos o Espírito que o Senhor prometera já nos tempos do exílio. Estamos nessa nova realidade, ou seja, na vida verdadeira do amor, do perdão e do serviço ao próximo. E se o Espírito ressuscitou Jesus dentre os mortos, também ressuscitará a nós, para que participemos da vida plena de Deus (Rm 8.11-17).

4. Imagens para prédica
 

Deus pode
Eu não posso, mas Deus pode salvar e libertar;
Aliviar e renovar o coração cheio de culpa.
Eu não olho para mim mesmo, mas contemplo Jesus
E digo alegre e confiante: Eu não posso, mas Deus pode!
Eu não posso, mas Deus pode guardar, fortalecer, erguer;
Ele pode fortalecer os joelhos trôpegos, alegrar o coração.
Eu deposito o meu fardo aos seus pés, juntamente com tudo o que me prende,
Ou que é difícil e grande demais para mim.
Eu não posso, mas Deus pode!
Eu não posso, mas Deus pode! Orientar-me neste mundo
E preparar-me para servi-lo a cada dia, renovadamente.
Quando me falta o ânimo, quando as forças próprias se vão,
Aí eu seguro a sua mão: Eu não posso, mas Deus pode!
(autoria desconhecida)

Consolai-os
Não consolem o povo com palavras vazias, mas com a boa-nova de Jesus.
Não consolem o povo com suas imposições, mas com sua compaixão e seu sacrifício.
Não consolem o povo com esmolas, mas através do repartir.
Consolem os pobres. Jesus se declara solidário com eles.
Consolem os que se arrependeram. Jesus oferece-lhes perdão.
Consolem os enlutados. Jesus promete a ressurreição.
Consolem os que são perseguidos por causa da fé e da justiça.
Eles são especialmente valiosos para Deus.
Consolem os oprimidos. O Senhor os erguerá.
Consolem os ofendidos. O Senhor os alegrará.
Meu Jesus, eu te agradeço pelas pessoas que me consolaram em meu sofrimento.
Ajuda-me a consolar os desconsolados e a trazer-lhes alegria e paz. Amém.
Johnson Gnanabaranam

Podemos receber
Sinto forças e esperança quando vejo comunhão.
No encontro de pessoas, tanto gesto de união.
Só me envolvo com alegria quando todos têm lugar.
Orientados e unidos, temos meio para amar.
Veja bem como é possível até mesmo tropeçar.
Nós podemos aprender a repartir e perdoar.
Veja, amigo e amiga, nós podemos receber.
O Deus vivo está presente, ele permite renascer.
Mesmo fracos e dispersos não podemos desistir.
Vamos juntos encontrar os novos jeitos de agir.
Não estamos isolados, o Senhor é quem conduz.
Já não somos estrangeiros, somos povo de Jesus.
Olhe bem para o seu lado: quantos clamam por ação,
pedem ajuda e espaço pra viver em comunhão.
Veja, amiga e amigo, nós podemos receber.
Muita gente abandonada quer conosco conviver.
Guilherme Lieven

5. Subsídios litúrgicos

Na Quaresma, somos convidados a percorrer o caminho da paixão de nosso Senhor Jesus Cristo. Nesse caminho vamos encontrar Jesus próximo das pessoas que sofrem e precisam de apoio e solidariedade. E nós somos convidados por Deus para seguir os passos de Jesus.

Confissão de pecados:

Senhor, nesta época de Quaresma queremos silenciar na tua presença e confessar que nem sempre amamos como deveríamos. Somos, por vezes, egoístas e não estamos dispostos a doar a nossa vida pela causa do teu reino. Como tua comunidade, fomos fracos, não nos organizamos para colocar em prática o teu amor. Queremos confessar-te também a nossa omissão, pois fechamos os olhos para não ver o sofrimento de nosso próximo e silenciamos diante das injustiças. Perdoa-nos, Senhor. Por isso te suplicamos cantando: /: Perdão, Senhor, perdão :/

Oração do dia:

Senhor nosso Deus, agradecemos-te por tua palavra, que sempre de novo nos consola e nos chama para o serviço no teu reino. Ajuda-nos a ouvir e aceitar a tua palavra, para que ela nos fortaleça no amor e nos oriente nos caminhos da diaconia e do amor ao próximo. Isso te pedimos em nome de Jesus Cristo, que contigo e com o Espírito Santo vive e reina, de eternidade a eternidade. Amém.
Confissão de fé (da Indonésia):
Creio em Deus, Pai de todos, que deu a terra a todos os povos e a todos ama sem distinção.
Creio em Jesus Cristo, que veio para nos dar coragem, para nos curar do pecado e libertar de toda opressão.
Creio no Espírito Santo, Deus vivo que está entre nós e age em todo homem e mulher de boa vontade.
Creio na igreja, posta como um farol para todas as nações e guiada pelo Espírito Santo a servir os povos.
Creio nos direitos humanos, na solidariedade entre os povos, na força da não-violência.
Creio que todos os homens e mulheres são igualmente humanos.
Creio que só existe um direito igual para todos os seres humanos e que eu não sou livre enquanto uma pessoa permanecer escrava.
Creio na beleza, na simplicidade e no amor que abre os braços a todos e na paz sobre a terra.
Amém.

Oração de intercessão:

L – Senhor Deus, a tua Palavra anuncia esperança para nossa realidade tão marcada pelo sofrimento e pela morte. Por isso queremos te pedir que sopre sobre nossas comunidades o sopro do Espírito Santo e aviva em nós tua Vida, a que criastes e depositastes em cada uma de tuas criaturas, para que nos sintamos convocados a promover, através de nosso testemunho e serviço, a Vida neste mundo.

C – Envia teu Espírito, Senhor, e renova a face da terra.

L – Intercedemos para que a igreja confie sempre e acima de tudo na palavra de Deus e em sua força libertadora. Para que ouçamos as vozes que nos chamam a lutar por uma sociedade mais justa e por um ser humano mais fraterno.

C – Envia teu Espírito, Senhor, e renova a face da terra.

L – Intercedemos para que, frente ao individualismo e ao egoísmo, propaguemos entre as pessoas o valor da solidariedade. Para que sejamos conscientes de que o Senhor está sempre ao nosso lado, mesmo nas horas mais difíceis e na tentação. Para que a Eucaristia celebrada em nossa comunidade nos anime a ser conseqüentes com nossa fé e nossa esperança.

C – Envia teu Espírito, Senhor, e renova a face da terra.

L – Senhor, Tu que animas a nossa fé, consolidas a nossa esperança e fortaleces o nosso amor, faze que optemos sempre pelo bem, pela justiça e pela paz, de modo que teu reino cresça sempre, superando toda tentação de construir este mundo e esta sociedade sem contar contigo em nossa vida. Por N. S. J. C.

C – Amém.

Bênção:

Que Deus toque tuas mãos para que sejam sempre generosas e solidárias, toque teus pés para que teus passos sejam firmes no caminho da paz. Que Deus toque teus ouvidos para que permaneçam abertos à voz do Senhor e ao clamor do teu próximo Toque tua boca para pronunciares palavras que consolam e que curam. Que Deus toque teus olhos para que brilhem com a luz da esperança e reflitam o amor de Deus. Assim te abençoe nosso Deus, que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Bibliografia
TAYLOR, John B. Ezequiel – Introdução e Comentário. São Paulo: Vida Nova/Mundo Cristão, 1984.
ASURMENDI, J. M. O profeta Ezequiel. São Paulo: Paulinas, 1985.
 


Autor(a): Jorge Batista Dietrich de Oliveira
Âmbito: IECLB
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo da Páscoa
Área: Governança / Nível: Governança - Rede de Recursos / Subnível: Governança-Rede de Recursos-Auxílios Homiléticos-Proclamar Libertação
Natureza do Domingo: Quaresma
Perfil do Domingo: 4º Domingo na Quaresma
Testamento: Antigo / Livro: Ezequiel / Capitulo: 37 / Versículo Inicial: 1 / Versículo Final: 14
Título da publicação: Proclamar Libertação / Editora: Editora Sinodal / Ano: 2007 / Volume: 32
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Auxílio homilético
ID: 24206

AÇÃO CONJUNTA
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fe pecc

Tornai-vos, pois, praticantes da Palavra e não somente ouvintes.
Tiago 1.22
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Que ninguém procure somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros.
Filipenses 2.4
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