Deus anulou a conta da nossa dívida, com seus regulamentos que nós éramos obrigados a obedecer. Ele acabou com essa conta, pregando-a na cruz. Colossenses 2.14
Certa pessoa fez compras com cartão de crédito. Ela gastou muito mais do que podia pagar. Os juros altíssimos transformaram sua dívida em uma bola de neve. Logo, o pagamento mínimo superou, em muito, o valor da dívida inicial. A pessoa tentou conseguir dinheiro no banco, na financeira e junto a agiotas. Porém, sem ter o que oferecer como garantia, não recebeu o empréstimo. Sua situação se tornou desesperadora. Foi quando recebeu uma carta da operadora do cartão, comunicando que seu saldo devedor estava zerado. Alguém pagara sua dívida. Quanto alívio!
O lema do mês de abril nos conta uma história semelhante: Nós, a humanidade, afundamo-nos em uma dívida impagável. A tentativa de nos emanciparmos dos mandamentos de Deus tornou-nos escravos do pecado. Pelo próprio esforço ou merecimento, não somos capazes de saldar essa dívida. Dia após dia, ela vai crescendo. Nossa culpa não para de aumentar. É desesperadora a nossa situação.
Então chega a nós a fantástica mensagem de Sexta-Feira da Paixão e Páscoa: A nossa dívida de pecado foi pregada na cruz! A expressão pregar uma dívida faz lembrar a prática de muitos comerciantes que, ao receberem o pagamento de dívidas, cravam as notas promissórias ou as duplicatas num prego afixado na parede. Dessa forma, nosso saldo devedor foi zerado. Podemos respirar aliviados. Na cruz, Jesus Cristo carregou sobre si a nossa culpa, reconciliando-nos com o Pai. O muro que nos separava de Deus não existe mais. O sangue de Jesus tem a função de inocentar e justificar os pecadores. Seu sangue também nos aproxima de Deus.
A Palavra de Deus não pretende apenas comunicar o resgate de nossa culpa. Sua missão é revelar-nos o profundo amor de Deus, manifestado através de Cristo, e quer cativar-nos para a vida nova que ele nos conquistou pela sua morte e ressurreição. Deus seja louvado!
Pastor Geraldo Graf
Publicado na edição 83 do Informativo dos Luteranos - abril/2009