O ovo é um símbolo antigo, anterior ao Cristianismo, que representa a fertilidade e a vida. Muitos séculos antes do nascimento de Cristo na Europa, a troca de ovos ocorria como celebração no fim do inverno e o início da primavera, estação marcada pelo florescimento da natureza. Para obterem uma boa colheita, os agricultores também enterravam ovos nas suas terras. Quando a Páscoa cristã começou a ser celebrada, a cultura pagã foi incorporada. O ovo passa a ser tanto símbolo de nascimento, como também da ressurreição. Com o tempo, outras variações foram adicionadas. A pintura multicolor representa a alegria. O chocolate é energia. A casquinha de amendoim, muito comum em nossa cultura alemã, fertilidade (?). É natural que a nossa fé carregue resquícios de outras culturas, pois também ela não veio do nada. Não estamos isentos. Nossa cultura cristã tem suas raízes no judaísmo, que absorveu outras tantas culturas. O Cristianismo criou fortes raízes no continente europeu e dali igualmente assumiu algumas marcas. Todavia, não é o ovo a maior marca da Páscoa. Nas palavras de Jesus: Não importa o que entra na boca da pessoa. Mas, o que sai dela (Mateus 15.11). Por isso, a nossa mensagem vai além do ovo. Proclamamos, em clara e alta voz que Jesus ressuscitou. A morte foi vencida! Não precisamos mais temê-la. Igualmente, anunciamos que, por intermédio de Jesus, há renovação da vida. Deus nos concede vida nova! Por isso, fica o desafio de Jesus ao seu amigo Nicodemos: É importante nascer de novo (João 3.7). Lembremos e vivamos tal verdade em cada Páscoa.