João Batista é aquele a respeito de quem as Escrituras sagradas dizem: Aqui está o meu mensageiro, disse Deus. Eu o enviarei adiante de você para preparar o seu caminho.” Mt 11.2-11
Estamos na 3ª Semana de Advento, tempo especial em nossa caminhada de fé, tempo de oração, reflexão, de mudança de vida, tempo de preparar nosso coração para que seja a manjedoura para Jesus neste Natal. Certamente vem à nossa lembrança alguma pessoa que muitas vezes nos deu conselhos e orientações, visando o nosso bem, mas nem sempre lhe demos ouvidos. Mas muitas vezes ouvimos um bom conselho, e damos graças a Deus por enviar alguém que nos aponta uma saída. Atualmente em nosso tempo, podemos afirmar que a maioria das pessoas não quer ser aconselhada, não quer ser exortada quando está errada e não aceita a ajuda de ninguém. Na Bíblia encontramos muitas pessoas que apontaram caminhos para a superação de dificuldades e sofrimentos. Os profetas eram dessas pessoas: homens e mulheres iluminados e fortalecidos pelo Espírito de Deus, sábios o bastante para não se deixarem levar pela dúvida, corretos o bastante para não se deixarem corromper, fortes, o bastante para não voltarem atrás quando incompreendidos e perseguidos, e iluminados o bastante para saírem de cena quando terminasse sua missão.
A voz dos profetas era sempre um apelo a pôr-se a caminho, à conversão, à mudança e à transformação. Nesse sentido podemos entender o papel de João Batista. Ele surgiu num momento em que o povo estava perdido, não conseguia achar o caminho nem enxergar os sinais da manifestação de Deus. Por isso, colocou-se a clamar, a convocar para a conversão, a apontar o caminho que leva ao encontro com o Salvador. Ele se vestia de forma humilde, usava roupas de peles de animais e alimentava-se de gafanhotos e mel de abelhas. Se vestia desta forma para dizer que a conversão era coisa séria e que a proclamação da justiça de Deus estava por se manifestar. Sua missão era marcada por simplicidade e humildade. De si mesmo dizia ser apenas uma simples voz que clama no deserto e que não se julga digno de desatar as correias das sandálias daquele que viria. Também não tinha a pretensão de que todos o escutassem e se convertessem. A conversão é sempre uma decisão pessoal. O seu papel era apontar um caminho para as pessoas decidirem suas vidas. A decisão fundamental e decisiva das pessoas viria no encontro com Jesus. Para isso era necessária a conversão da mente e do coração.
O fruto dessa transformação é a alegria independente de circunstâncias O encontro com Deus gera esta alegria verdadeira. Jesus veio a este mundo como uma criança indefesa, for perseguido, mas cumpriu sua missão, deu sua vida por nós na cruz, nos reconciliando com Deus, nos dando a certeza do perdão diário, da vida eterna. Como foi a ano de 2010? O que esperamos de 2011? O que você espera de Deus? O que Deus espera de nós? O que você fez para Deus e conseqüentemente par ao seu próximo? Que a voz de João Batista o último profeta enviado para preparar o coração do ser humano para receber Jesus esteja inquietando o meu coração e o seu, nos colocando a caminho para anunciar, testemunhar e especialmente agir concretamente na construção de um mundo melhor.
Pastora Jaqueline Michel Piazza - Getúlio Vargas/RS