Ao “eu não posso mais” o apóstolo Paulo nos diz em 2 Coríntios 1.3 – 4a: “Louvado seja o Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai bondoso, o Deus de quem todos recebem ajuda! Ele nos auxilia em todas as dificuldades para podermos ajudar os que têm as mesmas dificuldades que nós temos”.
Nossos atletas olímpicos retornaram das competições. Alguns realizados e outros frustrados. Todos sentiram como atletas os “limites” dos seus corpos nas competições. Foram para a China para fazer o melhor. Investiram tempo e energia durante quatro anos. Eles buscaram o limite ao máximo, não raras vezes sofrendo dores musculares intoleráveis. Por isso, no final, muitos também, diante do fracasso, desesperaram e tiveram que admitir e confessar: “Eu não posso mais!” “Esse é o meu limite!”
Para o cristão, tal “eu não posso mais ou esse é o meu limite” também faz parte do dia a dia de sua vida. Nem sempre são os músculos que esgotam e fraquejam, mas também a força espiritual, a fé, a esperança e o amor. É um desespero que inunda o ser humano e ocupa a vida como um todo. O apóstolo Paulo fala em 2 Coríntios 1. 3 – 11, passagem na qual os dois versículos acima estão inseridos, que foi tomado de uma tribulação tão grande a ponto de não enxergar mais esperança de vida.
Felizmente o limite das pessoas não é o de Deus. Paulo testemunha no versículo 9 que Deus o livrou da morte para que ele não confiasse em si mesmo, mas no Senhor que ressuscita mortos. Foi esta certeza que o animou e fortaleceu a prosseguir no seu ministério, no trabalho de testemunhar o amor de Deus revelado em Jesus Cristo.
O exemplo de Paulo nos convida também a colocar nossas vidas nas mãos de Deus nos momentos em que nos deparamos com nossos limites, com o “eu não posso mais”. Pois só assim, mesmo diante de derrotas e frustrações, não desesperaremos em nossas vocações, pelo contrário, falaremos, isto sim, com intensidade ainda maior do amor de Deus que nos carrega e nos lembra que o mais importante não é competir, mas ajudar uns aos outros em suas dificuldades e em seus limites.
Senhor, obrigado por poder encontrar em ti repouso e descanso nos momentos em que me sinto fragilizado e limitado. Em ti renovo minhas forças para sempre de novo testemunhar: “Louvado seja o Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai bondoso, o Deus de quem todos recebem ajuda!” Amém.
P. Ernani Roepke, Pastor da IECLB na Paróquia Cantareira – São Paulo / SP.