“Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna.”
(João 3.16)
Querida comunidade, sem amor a vida humana não floresce.
Uma coisa é certa: tanto a criança de rua quanto as nossas crianças, que “tudo tem”, se não crescerem em amor viverão num grande vazio. É como com as flores que crescem na sombra e com pouca água – com o tempo elas vão atrofiando e minguando. A vida não precisaria ser assim....
Por outro lado, o que se vê às vezes também pela rua é um casal de idosos. Os passos são lentos, mas eles têm facilidade em se dar às mãos. Afinal, o amor que os une já dura uma vida inteira. Quando um dia, porém, um deles falecer, o outro também irá em breve. O nosso amor infelizmente tem fim.
Quem jamais amou outra pessoa verdadeiramente sabe muito bem o que ficou devendo a ela. Feliz é aquela pessoa que percebe isso. Mas, por outro lado, esta pessoa também se perguntará: quem me livrará desta culpa?
Na Sexta-feira da Paixão recordamos o sofrimento e a morte de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele foi crucificado – uma forma de morte horrível. Isso realmente foi necessário?
O lema da Sexta-feira da Paixão é: “Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna.”
Nem toda a palavra nós compreendemos imediatamente. Mas as palavras acima revelam claramente a razão da morte de Cristo na cruz: o amor Deus por nós. Deus nos ama, mesmo que muitas vezes sejamos insensíveis e teimosos.
Jesus Cristo viveu o amor de Deus até suas últimas conseqüências, tanto no falar como no agir. Jesus poderia privar-se da morte. Porém, aí o amor de Deus não teria triunfado. O amor de Deus triunfou porque o seu Filho suportou sofrimento e morte.
Quem confia nisso, viverá - pois sabe que não estará sozinho em meio à falta de amor deste mundo, nem quando a morte nos separar das pessoas amadas, nem quando estivermos mergulhados nas culpas e muito menos quando partirmos deste mundo.
Sexta-feira da Paixão e Páscoa nos recordam do quanto Deus nos ama. Como diz o apóstolo Paulo: “Eu tenho a certeza de que nada pode nos separar do amor de Deus: nem a morte; nem a vida; nem os anjos, nem outras autoridades ou poderes celestiais; nem o presente, nem o futuro; nem o mundo lá de cima, nem o mundo lá de baixo. Em todo o universo não há nada que possa nos separar do amor de Deus, que é nosso por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor” (Romanos 8.38 – 39).
Ó Deus, obrigado pelo teu imenso amor revelado a nós em Cristo Jesus. Na Sexta-feira da Paixão o teu amor é compaixão e misericórdia e no domingo de Páscoa é ressurreição e salvação. Obrigado, Senhor, pois é este teu amor que nos carrega, ampara e fortalece em meio aos sofrimentos e dores neste mundo e nos acolhe e dá guarida em teu Reino Celestial. A Ti, ó Deus, Pai, Filho e Espírito Santo nossa honra e glória hoje e sempre. Amém.
P. Ernani.