O tempo passa como a velocidade da luz
E deixa mais um Natal e, também, um Ano Novo.
Árvores da cidade anunciam com lâmpadas multicores
A chegada de festas incontáveis.
Os espaços celestes entoam cânticos natalinos,
Atraindo pessoas para o mundo encantador do consumo.
A cidade se transforma em ilhas de fantasias
Habitadas por reis, rainhas, príncipes, princesas
E plebeus, que aguardam o Natal e Ano Novo.
Nos campos e vilas dançam as pastorinhas
Vestidas de azul celeste e de vermelho.
Os púlpitos das igrejas proclamam que é tempo de união,
Tempo de perdão, de compaixão e de paixão,
Tempo de cantar a multidão
E de cultivar a afeição.
É tempo de conversão.
É tempo das secas e das queimadas.
É tempo das multidões na estrada
Que vão e voltam por caminhos longos,
Maldizendo ou bendizendo a sorte,
Buscando uma saída ou uma chegada,
Para dentro ou fora da vida.
É tempo de Natal e tempo de Ano Novo.
Nos corações e mentes uma esperança
Que germinou no ventre de Maria
E no silêncio de José.
É a alegria do nascimento do menino Deus,
Sinal de um mundo novo.
Os céus e a terra se unem em dueto afinado
Iluminados com a claridade de uma estrela
Que conduz magos e pastores na direção do estábulo,
Onde o pequeno Deus dormia e fazia xixi,
Rodeado pelos filhos-irmãos animais.
Mas, o mundo ignorava o mistério divino-humano
Que o Eterno envolveu no profundo silêncio
E na singularidade do seu tempo.
Nos céus anjos entoaram um hino
Que a natureza com alegria orquestrou:
“Glória a Deus nas alturas e na terra paz”.
Um menino nos nasceu e foi chamado Jesus.
Para imensa noite que havia envolvendo a humanidade
Com trevas que se estendiam pelos campos e cidades,
Em gerações sucessivas para homens e mulheres,
Que esperavam ansiosos o nascer de um novo dia,
Nasceu o Senhor Jesus,
O Deus feito ser humano,
O eterno príncipe da paz,
O eterno filho do homem
O eterno filho de Deus.