Que bom que vocês clicaram e agora podemos celebrar juntos. Deus mesmo nos chama e nos acolhe e com sua Palavra quer iluminar a nossa existência.

Pregação baseada em Isaías 40.21-31
 Prezado irmão, você já se sentiu cansado? Prezada irmã, você já sentiu que as suas forças a abandonaram? Neste tempo de pandemia quem não?
A pandemia tem tirado o chão de muitas pessoas, principalmente daqueles que achavam que tinham tudo resolvido e faziam o que queriam quando queriam. Enfrentamos situações em que o entorno nos oprime de tal forma que ficamos com agonia. E não uma agonia qualquer, é aquela angústia que nos sufoca e não nos deixa respirar ou até pensar corretamente.
Para pessoas nessa situação é que o profeta Isaías está falando. Fala para pessoas desanimadas e desgastadas, israelitas exilados na Babilônia. No tempo de nosso texto, Isaías 40, os cativos estão desanimados e provavelmente era necessária uma chama para manter a esperança acessa. Essas são as pessoas com as quais Isaías partilha o poema lido hoje. É a essas pessoas que Isaías quer consolar.
Começa falando da majestade do Senhor. Aquela parte sobre os gafanhotos:
“Ele é o que está assentado
sobre a cúpula da terra,
cujos moradores
são como gafanhotos.” v. 22
Isso inclui todo mundo, não importa o que tanto essa pessoa considere quem é, em comparação ao seu Criador, é como um gafanhoto, ou seja, todos somos iguais, ainda que aos olhos dos humanos uns sejam melhores ou mais importantes, no fim de contas, todos e cada um dos seres humanos neste planeta passarão.
Nem mesmos aqueles que se consideram invencíveis, como naquela época eram os príncipes e os juízes terão escapatória, pois:
“É ele quem reduz a nada
os príncipes
e torna em nulidade
os juízes da terra.” v. 23
Nada fica para sempre diante do Senhor, nem sequer o poderoso império da época de Isaías. Em comparação com Deus, Babilônia é quase nada, uma palha que a tempestade leva embora. Assim, Isaías lembra aos exilados que o seu Deus é um Deus poderoso. Se o Senhor quer libertá-los, nada na terra, nem sequer as estrelas poderão deter a sua liberdade. O Deus de Israel é um Deus majestoso. De fato, é o criador do céu e da terra, de Babilônia e de Israel, de cada nação na terra até os dias de hoje.
Que poder nós tememos? Qual o nosso medo nestes dias? Talvez não estejamos vivendo um exílio em algum outro país, mas a pandemia nos tem levado a um exílio involuntário da vida que considerávamos normal. Por isso, às vezes, consideramos os poderes deste mundo maiores do que o nosso Deus. Esquecemos quem está no comando. Por isso, não podemos deixar de lembrar o segundo tema que o nosso texto nos apresenta: Deus não só pode resgatar aos cativos, mas quer fazer isso porque se preocupa com eles. De fato, Deus quer renovar as suas forças. E assim chegamos até o hino que cantaremos depois da prédica:
“Os jovens se cansam
e se fatigam,
e os moços, de exaustos, caem,
mas os que esperam no Senhor
renovam as suas forças,
sobem com asas como águias,
correm e não se cansam,
caminham e não se fatigam.” v. 28-31
Alguns dos cativos provavelmente envelheceram lá, tinha passado muito tempo desde que aconteceu a caída de Jerusalém. Alguns dos cativos eram jovens e barulhentos, com a energia e o otimismo característicos da juventude. Mas, Isaías sabe que todos eles, jovens e idosos por igual são capazes de desanimar-se, de esgotar-se. Porém para essas pessoas, tanto as que estão com muita idade quanto os que tem pouca, Isaías traz um forte estímulo: Espera no Senhor e o Senhor renovará as tuas forças. Sim, Deus o fará.
Eu nunca corri uma maratona, mas já escutei tantas pessoas falarem sobre ter um segundo fôlego. Quando o corpo por algum motivo passa o ponto de quebra e o maratonista continua a andar. Essa é a força do Senhor.
Muitas vezes eu quis desistir, jogar a toalha, dar tudo por perdido. Mas, de repente ganhei nova esperança, pude ver uma luz no final do túnel. Essa é a força do Senhor.
Sejamos realistas, nem sempre temos a força necessária para enfrentar tudo o que está complicando a nossa vida. Mas, não precisamos desistir nem desesperar, pois temos alguém que cuida de nós e se preocupa conosco. Confiemos no Senhor! Amém.