
O XXIX Concílio
A Paróquia de Rio Claro e o Sínodo Sudeste sediam o XXIX Concílio da IECLB, que acontece nos dias 15 a 19 de outubro, na cidade de Rio Claro/SP, sob o tema “viDas em comunhão”, em sintonia com o Tema do Ano da IECLB para 2014.
O Concílio da Igreja, órgão deliberativo máximo da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, é realizado, ordinariamente, a cada dois anos, sempre em uma Comunidade diferente da IECLB.
Entre representantes, lideranças, Delegados, convidados ecumênicos e equipe de apoio, participam do Concílio em torno de 200 pessoas.
Missa Urbana
Na noite de sexta-feira, os Conciliares participaram de uma Missa Urbana.
“Não estamos acostumados a sentir a presença de Deus na cidade. É mais comum sentirmos Deus em meio à natureza. No entanto, hoje, quase todos nós moramos em cidades! Em 1998, um grupo paulista refletiu sobre essa realidade. Em 1999, as músicas e os textos reunidos pelo grupo resultaram em uma liturgia de um culto eucarístico completo, o que os suecos chamam de “missa”. Ecumênicos como nós somos, acolhemos a palavra “missa”, explicou o P. Wilhelm GUILHERME Nordmann, Pastor na Paróquia Vila Campo Grande – Diadema/SP, a respeito da origem do nome “Missa Urbana”.
Jesus Cristo diz: “Amai- vos uns aos outros como eu vos amei”, iniciou a sua meditação o P. Guilherme Lieven, Pastor Sinodal do Sínodo Sudeste. “Eu não gosto da palavra ‘tolerância’. Tolerar não é o bastante. Eu quero ser compreendido e quero compreender... Quero ser conhecido por aquele que todos os dias me chama de Dr. ao passar ao meu lado à caminho da garagem. Eu gostaria que ele me conhecesse, por isso a melhor palavra para traduzir, hoje, nas cidades o ‘amar uns aos outros’ é ‘vínculo’. O vínculo favorece a comunhão que fermenta o amor e a paz. É preciso cumprimentar uns aos outros e cultivar vínculos... Criar comunhão e educar-se para a paz. Tolerar não é suficiente! As nossas Comunidades, lideranças, Ministras e Ministros precisam aumentar os vínculos com a cidade, com as pessoas da cidade. Precisam compreender a cidade, os seus desafios, os seus frutos e as suas loucuras. Dizer bom dia para ela, para o seu povo. Precisam cultivar a coragem, interagir com a sua dinamicidade. Não fugir da cruz e da revelação de Deus nela. Anunciar, testemunhar, falar sobre o amor e a presença Deus, o seu vínculo com o mundo, o seu contexto e a sua realidade por meio da salvação dada em Jesus Cristo. Esse maravilhoso e transformador vínculo precisa traduzir-se em liturgia, serviço de vínculo e de diálogo com o Deus, que está presente onde poucos conseguem vê-lo. Cultivar vínculos com a cidade, com as pessoas da cidade, com os espaços da cidade, para que, em nossas orações, o nosso ouvir da Palavra, a prática dos Sacramentos e a vivência em Comunidade sejam verdadeiramente expressões de esperança de justiça, dignidade e paz, vínculos cuidadores, que aproximam e compreendem, comprometem e libertam - o amor tal qual aquele revelado por Jesus, que se efetivará na nova vida que é eterna”.
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**A cada dia, as atividades são iniciadas e encerradas com devocionais especialmente preparadas para o Concílio.
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