“Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar” (Gênesis 2.15). Estamos cultivando e guardando a Criação de Deus? Foi a partir desse questionamento que no último 05 de fevereiro, no ponto de pregação de Alto Dona Josefa, da Paróquia Martin Luther de Vera Cruz, realizamos um culto ao ar livre sob o tema “Vida, terra e ecoteologia: reconexões”.
A Pachamama, mãe terra, é para os e as indígenas considerada como mãe, porque tira do seu próprio corpo para dar alimento aos filhos e às filhas. Na concepção bíblica, o ser humano é formado da terra - adamah - terra fértil, adam - ser humano. Para os indígenas Guarani, a terra é uma pessoa, é um de nós, por isso precisa ser cuidada!
Nascer, crescer e morrer é o ciclo normal, mas muitas vezes corta-se o ciclo e vai-se para: nascer, crescer e ser morto. Mata-se a planta. Mata-se os animais. Mata-se a vida. A destruição ambiental e as mudanças climáticas são consequências da ganância e irresponsabilidade humanas. Do antropocentrismo – ser humano no centro - precisamos partir para o ecocentrismo – natureza no centro -, numa constante mudança de pensamento e ação.
E o primeiro passo para cuidar e defender a natureza por inteiro é deixar-se reencantar por ela, apaixonar-se pela criação de Deus.
O culto, assim, foi um momento para pensarmos no impacto que estamos causando na Criação e as mudanças que precisam ser feitas para que possamos ter vida ainda neste planeta.
Texto: Carine Wendland e Maurício Klug de Oliveira