O Núcleo Ecumênico de Blumenau (NEB) promoveu na manhã desta terça-feira, 21, em Pomerode/SC, no Sínodo Vale do Itajaí, um seminário com o tema “Prática Cristã para Superação das Intolerâncias”, com a pastora Romi Bencke, secretária-geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic). Participaram do encontro representantes das igrejas Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), Evangélica Luterana do Brasil (IELB) e Católica Apostólica Romana.
O padre Raul Kestring, presidente do NEB, dirigiu a reflexão de abertura e lembrou das atitudes de Jesus Cristo que desceu à altura dos homens e mulheres e com humildade passou a mensagem de respeito, tolerância, compaixão, atenção aos pobres e excluídos e amor ao próximo.
A pastora Romi, em sua explanação, afirmou que a perspectiva ecumênica sempre tem como horizonte a prática do diálogo, da escuta, do encontro e do respeito. Ela lembrou que nos tempos atuais a igreja precisa construir pontes, promover reflexões que caminham para a paz. Entre os desafios está o crer e aceitar a fé das pessoas. “Como é difícil aceitar a tradição religiosa dos outros. Sempre partimos da perspectiva em trazer o outro para a nossa religião e não conseguimos coexistir em contextos multi-religiosos. Só o diálogo possibilita superar a intolerância. A fé nunca é compatível com a violência. O ecumenismo faz parte do projeto de Deus, sem esta perspectiva este projeto fica incompleto”.
História do Conic
O Conic nasceu no ano de 1982, em Porto Alegre (RS). Sua criação é fruto de um longo processo de articulação entre as igrejas Católica Apostólica Romana, Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Episcopal Anglicana do Brasil e Metodista. As primeiras conversas para a criação do Conselho ocorreram em 1975. A mensagem final da Assembleia que deu origem ao Conselho apresentou a missão de “colocar-se a serviço da unidade das igrejas, empenhando-se em acompanhar a realidade brasileira, confrontando-a com o Evangelho e as exigências do Reino de Deus”. É compromisso do Conic, portanto, desde aquele tempo, atuar em favor da dignidade e dos direitos e deveres das pessoas, até como forma de fidelidade à mensagem evangélica.