Conhecendo Roselei Stresser
Me chamo Roselei Stresser. Prefiro que me chamem de Rose. Nasci no oeste catarinense, Cunha Porã. Somos em cinco filhos e sou a terceira. Nossa família foi acolhida na IECLB antes do meu nascimento. E este acolhimento é o marco que define o meu Ser Igreja. Sou luterana, por graça e fé! Ao longo de meus anos fui recebendo e sentindo acolhimentos.
Em 1998 fui acolhida em Jaraguá do Sul, onde trabalhei na residência do casal de Ministros que atuaram anteriormente em Cunha Porã. Nos 13 anos seguintes minha vida profissional e comunitária sempre andaram juntas. Me graduei em Administração, com ênfase em Recursos Humanos, enquanto atuava voluntariamente nos grupos de Culto Infantil, Juventude Evangélica e Grupo de Canto.
No período final da faculdade iniciei os trabalhos na Secretaria da Paróquia Apóstolo Tiago - Jaraguá do Sul. Lá permaneci por cinco anos e foi enriquecedor! Presenciei tantas demonstrações de amor pela Igreja: no trabalho voluntário realizado pelas lideranças comunitárias; no agir diaconal; no conjunto de ferramentas para o fortalecimento da missão de Deus. Nós somos povo de Deus!
Em 2011 recebi o convite para atuar na sede do Sínodo Norte Catarinense, em Joinville-SC. Nesta função permaneci até 30 de abril de 2020. O que posso dizer destes nove anos de experiência? Que foram anos de experiência única! Vi potencializado o mundo da Igreja. Tive contato com praticamente todos os Sínodos da IECLB, conheci inúmeras pessoas, ouvi tantos relatos de como é ser Igreja no norte, no sul, no interior, nas grandes cidades... Cada Comunidade tem seu jeito de ser Igreja e esta diversidade é encantadora!
Os grandes eventos, sejam comunitários ou da área administrativa, sempre me provocaram curiosidade. Como se organiza um Concílio? Como se organiza um Dia da Igreja para oito, dez mil pessoas? E quando falamos em Dia da Igreja, o deste Sínodo, que hoje me acolhe, é referencia. Como as Comunidades/lideranças expressam o ser agir cristão? De que forma colocam seus dons e talentos à serviço do Reino? Como são motivados e motivadas? Estas perguntas sempre me instigaram.
Quando tomei conhecimento da vaga para assistente sinodal confesso, fiquei num misto de sentimentos. Deveria me colocar à disposição? Seria esta uma oportunidade de me desafiar? Seriam as habilidades e conhecimentos adquiridos em outro Sínodo um diferencial? Aliado à questão profissional, também há tempo sentia um desejo de estar mais próxima fisicamente de meus familiares (parte deles reside em Montenegro). Como tudo, coloquei diante de nosso Bom Conselheiro e me candidatei.
Enquanto o processo seletivo seguia seus trâmites habituais, como família, enfrentamos uma grande perda. Minha sobrinha/afilhada faleceu. E, especialmente neste processo de dor e despedida, pude sentir o acolhimento de muitas pessoas, inclusive deste Sínodo.
No dicionário acolhimento pode ser descrito como receptividade, hospitalidade, guarida... estes e tantos outros adjetivos tenho presenciado nestes poucos dias em Estância Velha. Mesmo com o afastamento social, muitas pessoas tem se manifestado de diversas formas e não posso deixar de expressar minha gratidão. Nomeio aqui, em especial, a Pa. Tânia, o presidente Alécio e o vice Wagner.
Atitudes de afeto, zelo e bem estar com o próximo, isto nos compromete como cristãos e cristãs. Isto é ser Igreja!
Ser instrumento do amor e do agir de Deus, colocar meus dons, conhecimento e habilidades em favor do Seu Reino e continuar contribuindo com uma Igreja acolhedora é meu anseio nesta função. Creio que encontrarei inúmeras pessoas que pensam de forma semelhante a minha. Estou ansiosa por este encontro!
Que Deus nos guarde e fortaleça! Amém!
