A partir do Lema do Ano da IECLB, ‘Então, Jesus perguntou: sobre o que vocês estão conversando pelo caminho?’ (Lucas 24.17), que apoia o Tema, ‘Igreja da Palavra – chamad@s para comunicar’, o P. Lauri Becker, Pastor Sinodal do Sínodo Rio Paraná, conduziu a meditação de abertura do segundo dia de trabalho na reunião entre a Presidência e os Pastores e as Pastoras Sinodais com a participação da Secretaria Geral, realizada de 9 a 14 de março de 2015, na Casa Matriz de Diaconisas, em São Leopoldo/RS.
Os principais assuntos do dia estiveram ligados ao Programa de Acompanhamento a Ministras e Ministros (Suporte Administrativo, de Cuidado e Acompanhamento, Seminários de Planejamento e Avaliação, Estatuto do Ministério com Ordenação (EMO), Formulários, Seguridade Ministerial, Transferências, Licenças e Afastamentos, Suporte de Missão e Formação, Seminários de Preparação para Aposentadoria, Formação Contínua nos Sínodos e Seminário do Estágio Probatório) e foram apresentados pelo P. Marcos Bechert, Secretário do Ministério com Ordenação.
O segundo dia de atividades foi encerrado com a fala do P. Dr. Oneide Bobsin, ex-Reitor da Faculdades EST, em São Leopoldo/RS: ‘Diálogo sobre o contexto sócio-religioso e a IECLB’. No diálogo proposto ao grupo de Pastores e Pastoras Sinodais, o P. Oneide abordou questões contemporâneas a respeito de religião no Brasil. Para ilustrar, foram compartilhados dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “As práticas religiosas mediadas pelo dinheiro (prosperidade mágica) têm forte apelo por corresponderem aos desejos e sonhos de uma parcela significativa da população. Tais práticas religiosas capturam a subjetividade capitalista”, destacou. Ao citar aspectos da diversidade religiosa no país, o ex-Reitor da EST frisou “As religiões podem ser consideradas uma das dimensões da realidade, desfazendo a tese vinda do mundo europeu, de que há uma dicotomia entre sagrado e profano, pelo menos nas manifestações externas. Outras dicotomias precisam ser abolidas, como, por exemplo, tradicional e moderno, desenvolvido e subdesenvolvido, sábio e ignorante. Precisamos repensar a sociedade, a vida e a religião em outros termos. Defendo a ideia da simultaneidade, da conectividade e da possibilidade”. Encerrando a sua proposta de reflexão e abrindo para comentários, o P. Oneide Bobsin chamou atenção para o que chamou de ‘o nosso grande problema teológico’: “Como comunicar a Palavra para dentro deste contexto sem Graça? É a Graça que derruba o edifício da magia! Traduzir a fé para a linguagem racional secularizadora, como o fez a modernidade europeia, não parece ser um bom caminho. Traduzir a mensagem da Graça se utilizando da linguagem religiosa parece ser o caminho a ser estudado”.
A bênção de encerramento foi encaminhada pela Pa. Silvia Genz, Pastora 1ª Vice-Presidente da IECLB.