Relatório evaluativo comunidade 2015-2017

 


Relatório Avaliativo do ano de 2017
(incluindo os anos 2015 e 2016)
Paróquia: Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em Belo Horizonte
Comunidade: Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em Belo Horizonte (CECLBH)
Ministro(s)/Ministra(s): Coordenador Ministerial, Pastor Nilton Giese (também Coordenador do Núcleo Minas Gerais do Sínodo Sudeste); ministras voluntárias, Pa. Aneli Schwarz e Diác. Valdineia Bull
Presbitério/lideranças: presidente Cléris Hollerbach
1. A situação geral da Comunidade – desafios e conquistas
Para uma comunidade urbana bem pequena (menos de 500 membros) e extremamente espalhada para muito além da Região Metropolitana de Belo Horizonte (distâncias para membros ativos de até 260 km) a quantidade e diversidade de atividades sempre chama muita atenção. Começando com as tradicionais como Culto Dominical – na Igreja da Paz em Belo Horizonte e várias outras cidades –, Culto Infantil, Ensino Confirmatório, visitas regulares às famílias, grupo da OASE, Estudos Bíblicos em casas de famílias, a grande Festa de Ação de Graças em agosto e os ofícios pastorais (batismos, casamentos, sepultamentos), foram instalados e mantidos, com muito sucesso: o Grupo de Acolhida de pessoas aos cultos – incluindo o preparo para o Cafezinho depois dos cultos –, o Grupo de Mulheres, o Grupo Solidariedade – que realiza quinzenalmente um Bazar de Usados e outras ações diaconais – e um amplo envolvimento em eventos ecumênicos, como o CONIC-MG, e nas representações sinodais e iniciativas da IECLB.
A fundação da Instituição Beneficente Martim Lutero (IBML), em 05 de agosto de 1990, trouxe para a comunidade uma ampla experiência na área da Diaconia e significa, até hoje, o desenvolvimento dum trabalho comunitário e diaconal em conjunto.
Os desafios e obstáculos a vencer não mudaram muito durante toda a existência da CECLBH. São eles: unir os membros, apesar das grandes distâncias, conseguir (mais) membros para assumirem responsabilidades – na Diretoria, no Presbitério e nos diversos grupos e atividades –, dar sustentabilidade financeira à vida comunitária, ter um cadastro completo e atualizado dos membros e manter uma boa comunicação entre a administração da comunidade, os membros e pessoas interessados na fé luterana.
Durante quase todo tempo de vida da CECLBH, o planejamento anual foi, basicamente, realizado nos respectivos grupos e setores do trabalho comunitário, que sempre elaboram um relatório, apresentado, debatido e aprovado na Assembleia Geral. Desses relatórios surgiram tarefas e planos concretos para cada ano. Esse planejamento sempre foi, também, discutido e acompanhado nas reuniões do Presbitério, tendo assim um tipo de monitoramento para melhorar e alterar as ações e atividades planejadas e as que surgiram durante cada ano. Obviamente, o Coordenador Ministerial da CECLBH sempre teve um papel fundamental dentro de todo esse processo, até por ser diretamente envolvido na maioria das atividades executadas. Nos últimos quase três anos, a comunidade está sendo muito beneficiada com a liderança entusiasmada e criativa do nosso atual Coordenador Ministerial, que está conseguindo trazer mais pessoas para os grupos e atividades existentes e procura desenvolver canais mais modernos de mobilização, tais como a Radio Web LuteranosUai, o “Curso quem somos nós?” – presencial e online, Cursos de Educação para a Paz envolvendo coordenadores, profissionais e famílias das Unidades da IBML.
O lançamento do “Roteiro para o Planejamento Missionário”, no segundo semestre de 2016, aperfeiçoando o Roteiro para Planejamento Comunitário do PAMI, editado em 2010, abriu uma nova porta para melhorar o planejamento comunitário, também em Belo Horizonte, e o Presbitério acolheu, em março de 2017, o desafio de realizar o Planejamento Missionário da CECLBH.
Todas as seguintes explicações e reflexões se referem, então, exclusivamente a esse planejamento, que, no momento, ainda se encontra em fase de implementação – por ter sido iniciado, somente, em maio de 2017. Entretanto, observa-se que as ações relacionadas ao Planejamento Missionário potencializam os trabalhos em andamento na comunidade e contribuem para aprimorar e desenvolver novas estratégias, com o objetivo de obter êxito nas atividades.    
Antes de entrar nisso, ressaltamos que todos os grupos e trabalhos específicos, não diretamente incluídos no planejamento deste ano de 2017, continuaram em pleno funcionamento e alcançaram ótimos resultados, sempre estimulados, apoiados e/ou realizados pelo pastor (e/ou as ministras voluntárias). Destaque especial merecem: a Festa de Ação de Graças, que neste ano teve maior número de participantes e o melhor resultado financeiro de todos os tempos, e os mais diversos eventos para comemorar os 500 anos da Reforma Protestante, que culminaram num culto ecumênico na Igreja Católica de São Sebastião, com participação de várias Igrejas Protestantes e um público de quase 1.000 pessoas.

2. Quais os objetivos traçados no Planejamento Missionário para este ano?
Objetivos: Ações Missionárias elaboradas durante o processo do Planejamento Missionário:
• Ação 1 – Qualificar e ampliar a formação de membros e lideranças da CECLBH:
Atividade 1.1 – Curso de Formação de Lideranças; Atividade 1.2 – Curso “Quem somos nós?” (curso versão Online);
• Ação 2 – Promover iniciativas direcionadas a uma maior participação nos cultos e no culto infantil: Atividade 2.1 – Convidar, semanalmente, para o culto dominical e infantil; Atividade 2.2 – Formar um grupo de trabalho para elaborar estratégias para alcançar pessoas não membros da IECLB;
• Ação 3 – Promover a diaconia comunitária e institucionalizada: Atividade 3.1 – Incluir informações sobre o trabalho diaconal (comunitário e institucionalizado) regularmente nos cultos e nos meios de comunicação da CECLBH;
• Ação 4 – Desafiar e motivar mais pessoas a participar da gestão comunitária e a contribuir financeiramente: Atividade 4.1 – Identificar novas pessoas que possam participar da gestão comunitária; Atividade 4.2 – Criar uma estratégia de sustentabilidade financeira da CECLBH.
3. Desses objetivos, quais foram plenamente alcançados?
Visando alcançar os objetivos, as Ações Missionárias foram desmembradas em sete atividades e operacionalizadas em subatividades, com estratégias, análise e resultados previstos.
• A Atividade 2.1 da Ação 2, que visa alcançar maior participação nos cultos e no culto infantil, foi plenamente alcançada. Houve um aumento de participação nos cultos e de forma significativa de crianças no culto infantil.
• Também a Atividade 2.2 da Ação 2, que objetiva formar um grupo de trabalho para elaborar estratégias para alcançar pessoas não membros da IECLB, foi implementada com sucesso e o conjunto de estratégias está sendo desenvolvido para alcançar pessoas não membros da nossa Igreja.
4. Quais foram parcialmente alcançados?
De acordo com os relatórios intermediários, apresentados pelos responsáveis por cada ação, podemos afirmar que os objetivos das Ações 1, 3 e 4 estão sendo desenvolvidos e já oferecem bases fundamentais para que sejam plenamente alcançados. Cada qual em ritmo diferente e próprio, a saber:
• A Atividade 1.1 da Ação 1 – Curso de formação de lideranças – tem todo o curso planejado com o material didático escolhido, temas e palestrantes já definidos – deverá ocorrer em novembro. Já a Atividade 1.2 – que visa oferecer, de modo online, uma versão do Curso “Quem somos nós?” – tem suas atividades executadas em 50% e com vistas a resolver o atraso ocorrido por questões pessoais do Webdesigner;
• Em relação à Atividade 3.1 da Ação 3 – qual seja, a de incluir informações sobre o trabalho diaconal (comunitário e institucional) regularmente nos cultos e nos meios de comunicação da CECLBH –, consta que o grupo de trabalho está formado, o material para divulgação está organizado, uma matriz de divulgação do trabalho diaconal do Lar Luisa Griese está sendo testada e, atualmente, está sendo replicada para o CCA, o CIM, o TPV, a IBML–matriz e o Grupo Solidariedade, para os quais adequações são necessárias. A previsão de término da atividade é para final de novembro do corrente ano;
• A Atividade 4.1 da Ação 4 – Identificar pessoas que se disponham a participar da gestão comunitária. Foram levantadas pessoas para auxiliar na tarefa de motivar novos membros que se disponham a se envolver na operacionalização da gestão da comunidade. Já que, em março de 2018, teremos eleições para a Diretoria e o Presbitério da comunidade, para o biênio 2018-2019. Essa atividade está em atraso, por motivos pessoais da responsável, mas deverá ser finalizada em dezembro de 2017.
• A Atividade 4.2 da Ação 4 – Criar uma estratégia de sustentabilidade financeira da CECLBH. Temos entendido que essa é uma tarefa das mais desafiadoras e temos avaliado que ainda está faltando elencar estratégias e um escopo de como realizá-la.
5. Quais não foram alcançados?
• A Atividade 4.2 – da Ação 4 – Criar uma estratégia de sustentabilidade financeira da CECLBH. Não foi alcançada.
6. Quais fatores contribuíram para alcançar os objetivos estabelecidos?
O Planejamento Missionário veio oferecer a possibilidade de, sem negligenciar o que tradicionalmente é prática da comunidade, ter uma melhor sistematização do trabalho, emprestando uma racionalidade e dinamicidade diferenciada para a comunidade nesses cinco meses pós- planejamento.
O envolvimento da diretoria, buscando atuar em setores mais fragilizados da gestão da comunidade, como finanças e manutenção, tem sido essencial.
Tudo isso tem conferido à comunidade uma vitalidade muito especial na percepção de membros e pessoas que pouco a pouco ou de forma constante têm se envolvido na dinâmica comunitária.
7. Quais fatores atrapalharam na caminhada para atender a esses objetivos?
Pode-se elencar como fatores, talvez subestimados, que vêm atrapalhando o alcance dos objetivos: a falta de tempo (ou concorrência de atividades) dos participantes, as distâncias de moradia dos membros em relação ao templo e alguns eventos de ordem pessoal dos membros envolvidos nas ações do Planejamento Missionário, tais como: doenças, falecimentos de familiares, mudanças de emprego e outros eventos felizes como nascimento de filhos e netos.
Assim como ocorre em qualquer comunidade, também na CECLBH nos vemos diante do desafio fazer frente a muitas tarefas comunitárias com um número ainda restrito de pessoas para realizá-las.
Os objetivos que dependeram de terceiros (atuando como voluntários), como desenvolvimento de sistemas informatizados, e profissionais de marketing (voluntários, também), como nas Ações 2 e 3, acabaram por ter um ritmo mais lento. Vale ressaltar que o planejamento missionário foi realizado em abril e maio e, até hoje, passaram-se apenas 5 meses do início da implementação de suas atividades. Para o próximo planejamento, além das experiências adquiridas neste, deveremos ter mais tempo de trabalho pela frente ou mesmo os 12 meses que compõem o ano.
É importante, ainda, registrar que, ao longo de todo esse processo, aconteceram muitos eventos imprevisíveis e totalmente fora da responsabilidade do Coordenador Ministerial, cujas próprias atividades se viram prejudicadas com o esforço de execução das ações propostas nesse planejamento.
8. Principais aprendizados deste processo.
Primeiramente, uma visão unânime entre os participantes das tarefas elencadas no planejamento é que este é um instrumento importante para a atuação na comunidade como um todo. Planejar requer monitoramento, diálogo franco entre as pessoas face aos desafios encontrados. Durante o processo de trabalho, deve-se ter ouvidos, olhos e atitude de abertura e disposição para as mudanças necessárias. Ficou claro que é necessário envolver uma maior parte da comunidade e, para isso, serão necessárias estratégias amigáveis de comunicação. Um desafio é melhorar a comunicação e a difusão de informações da comunidade sobre ela mesma e sobre o que está sendo produzido de positivo com a participação de alguns. Com isso, espera-se estimular novas adesões e participação nas tarefas da comunidade.
9. Quais são os próximos desafios?
• Aprimorar o Planejamento Missionário de BH a partir das experiências do ano de 2017.
• Continuar enfocando a necessidade de formação contínua de lideranças.
• Construir estratégias para a sustentabilidade financeira da CECLBH.
• Revisar os campos da ficha cadastral e atualizar os dados de forma a construir um banco de dados atualizado dos membros da comunidade.
• Melhorar a comunicação sobre a comunidade de forma a despertar a alegria de estarmos juntos e compromissados com a missão de Deus na Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em Belo Horizonte.
 

Quando eu sofro, eu não sofro sozinho. Comigo sofrem Cristo e todos os cristãos. Assim, outros carregam a minha carga e a sua força é também a minha força.
Martim Lutero
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