Na segunda parte do ciclo de palestras, na 18ª Assembleia Sinodal, na sexta-feira, dia 25, sobre a temática “Vidas em Comunhão – vias e possibilidades da igreja nas cidades”, a professora da Universidade Regional de Blumenau (FURB), jornalista Magali Moser, apresentou dados socioeconômicos e religiosos da realidade das cidades do Vale do Itajaí. Com isto, foi possível compreender a realidade urbana, na qual a IECLB está inserida.
No segundo momento, ela apresentou fatos pesquisados nas 47 áreas de concentração de pobreza existentes na cidade de Blumenau. Mostrou a realidade dos migrantes e também questões relacionadas à infraestrutura urbana, saneamento básico, saúde, educação, emprego, renda e constituição familiar. A jornalista Magali mostrou uma realidade, muitas vezes ignorada.
No terceiro bloco das palestras foi a vez do pastor Dr. Emilio Voigt, assessor de Formação e Edificação de Comunidades do Sínodo, trazer dados estatísticos internos do Sínodo Vale do Itajaí. Apresentou comparações entre número de pessoas batizadas e sepultadas. Trouxe também dados de pessoas que ingressaram na IECLB e as que foram para outras denominações religiosas ou transferências interparoquiais. A partir destes dados, conclui-se que no futuro próximo a Igreja não apresentará mais crescimento natural, mas depende de uma missão urbana mais eficaz .
Os participantes reuniram-se em grupos procurando respostas para a atuação da Igreja na cidade. A partir do ciclo de palestras, pregação do pastor-presidente e relatórios do Sínodo, disseram que a Igreja precisa se transformar, mas manter a identidade confessional. Acrescentaram ainda que a mobilidade urbana convida para a reflexão sobre a descentralização dos trabalhos e possível construção de templos menores nos bairros. As tecnologias também foram lembradas no sentido de ousar e utilizar as novas ferramentas de mídia. O grupo também mencionou os trabalhos de visitação, música, diaconia, crianças e jovens como impulsos para a atuação da Igreja na sociedade.
A violência, a individualização do ser humano, os índices de desenvolvimento humano, a ausência do poder público em questões de bem-estar social, o crescimento do consumo de drogas e a desestruturação familiar foram apontados como problemáticas que precisam ser encaradas pela Igreja. Uma série de outras situações foram elencadas e devem ser avaliadas para que a IECLB possa acolher as pessoas da cidade. É necessário olhar para fora da comunidade. Atender o chamado de ‘Ir’ ao encontro das pessoas, estar ao lado, descobrir clamores e necessidades.