Agora vai! Um sonho de duas décadas começou a sair do papel no dia 27 de agosto, em Campo Alegre/SC. O lançamento da pedra fundamental é o primeiro passo concreto rumo a uma casa de repouso e acolhimento para pessoas com deficiência com o inspirador nome de Instituto Luterano Campos Verdejantes.
Tudo começou com um grupo de amigos impulsionado pelo sonho de dona Magdalene Gramkow. Incontáveis reuniões depois, formalização de um instituto com CNPJ e tudo, planta baixa na mão, agora existe o primeiro sinal concreto do que será a casa: a pedra fundamental.
O culto, numa radiante manhã ensolarada e sob uma impecável lona branca, foi concelebrado pela presidente do “Campos Verdejantes”, a incansável diácona emérita Valmi Ione Becker, o casal de ministros local, Flávio e Franciele Weiss, a diaconisa Arlete Prochnow , a Coordenadora de Diaconia e Inclusão da IECLB a Diácona Carla Vilma Jandrey e o pastor sinodal e 2º vice-presidente da IECLB Inácio Lemke.
“Muita fé, muita esperança e, sobretudo, muito amor desse pessoal que sonhou este sonho ao longo das últimas duas décadas foram os impulsos para que chegássemos ao dia de hoje”, celebrou Lemke em sua pregação, aludindo ao escrito de Paulo em 1 Coríntios 13 sobre o amor.
A bela celebração foi envolta na moldura do coral Cristo Redentor, da Comunidade Evangélica de Joinville-CEJ, que fretou um ônibus para participar. Diante das autoridades e da numerosa comunidade, a eufórica diretoria do Instituto Luterano Campos Verdejantes colocou jornais do dia – entre eles a última edição do Caminho –, dinheiro, atas e diversos documentos na urna. A pedra foi lacrada e recebeu as tradicionais marteladas do pastor sinodal e de Márcio Habech, coordenador da Comissão de Construção.
Muitos falaram e houve muitas homenagens. Entre as falas que mais emocionaram o público, esteve a de Débora Lindner Zambiasi, publicitária e mãe de um menino com deficiência. Criadora da logomarca do Instituto junto com o marido Cristiano, também publicitário, ela mencionou os “nãos” iniciais de quem recebe um ser tão especial aos seus cuidados, seguidos de “e se...”, e que se tornam em “sim” a cada conquista.
Emocionou também a idealizadora do projeto. Magdalene Gramkow, viúva do pastor Norberto Gramkow, mãe de uma filha com deficiência e ela mesma dependente de um andador para locomover-se, entre lágrimas e uma citação de Dietrich Bonhoeffer, falou da sua alegria por viver este momento.
A futura sede do instituto foi planejada para ser um espaço de acolhimento para pessoas com deficiência e seus familiares, inspirado em know-how do Evangelisches Johannesstift em Berlim Alemanha. “Não será um depósito. Trabalharemos sempre em conexão com as famílias, em apoio e carregar mútuos”, frisou Valmi.
O culto do lançamento da pedra fundamental transformou-se num encontro fraterno, reforçado a pão com salsichão e muita conversa. Sonhos são assim, começam de forma utópica e se tornam celebração e encontro rumo à concretização. Muitas mãos plantam campos verdejantes. Este, virou instituto e será casa de apoio.
Por ora, os recursos em caixa são suficientes apenas para levantar as paredes. “Precisamos da ajuda de muita gente”, ressaltou o tesoureiro do instituto, Rubens Bahr ao apresentar o “Livro Ouro” e a conta para doações (CC 30.227-5 AG 0628 CEF). Detalhes do projeto podem ser conhecidos na internet (facebook .comcamposverdejantes e E-Mail ilcamposverdejantes@gmail.com