
IDENTIDADE PERDIDA - Memórias de um Morador de Rua”. Assim é o título do livro escrito por Jorge Cordeiro Barbosa, morador de rua, em parceria com a jornalista Simone Paulino.
Jorge Cordeiro Barbosa nasceu em l958 no município de Alvorada no RS. Em 1979, deixou seus familiares e mudou-se para São Paulo. Desempregado e sem condições de pagar um teto para morar, passou a viver nas ruas, dormindo em albergues e sob viadutos da região central da cidade. Em 1998, conheceu Fabiana Silva, com quem teve dois filhos, Paulo Vitor, de 3 anos e Jackson Breno, de 9 meses. Ainda hoje a família vive em albergues e instituições no centro de São Paulo.
Simone Paulino nasceu em 1972 na capital paulista. Formou-se em Jornalismo na Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero em 2000. Como jornalista, foi colaboradora do caderno “Folha Equilíbrio”, do Jornal Folha de São Paulo, e da Revista Saúde, da Editora Abril. Nesta última recebeu em 2002 o Prêmio Abril de Jornalismo pela reportagem “Seu Coração” publicada em março de 2001. Atualmente é editora assistente da Revista Saúde Paulista da Universidade Federal de São Paulo. Desde 2000, participa das atividades da Escola de Escritores, do Projeto Literário Mosaico, onde começou a escrever os seus primeiros contos.
No prefácio do livro Gabriel Perissé menciona que Jorge, escreve com a vida das ações; Simone com a vida das palavras. Duas vidas na vida de um livro. O filósofo dinamarquês Kierkegaard dizia o herói precisa de poeta. O herói é quem sofre, luta, morre. Mas é o poeta quem conta o que aconteceu.
O livro no capítulo “Caso do Menino Kleison” relata como fora acolhido pelo Pastor Frederico da Igreja Luterana – Paróquia Centro de São Paulo, e os encaminhamentos que o Dr Maurício Garrote dera para o caso do menino Kleison.
O livro foi editado pela Legnar Informática Editora LTDA de São Paulo e nos relata a experiência de vida, os conflitos e o sentimento de vergonha por tornar-se um morador de rua e toda a caminhada de Jorge até escreve o livro.
Vale a pena ler o livro e quem sabe entender um pouco da dor e do sofrimento deste povo de rua que fala em coro: ouvi o clamor do nosso povo.
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Janette Bächtold Ludwig