Logo no início da pandemia fizemos um levantamento para saber o número de crianças com menos de 10 anos. Surpreendemo-nos e ficamos muito felizes com o número: 87 crianças. A partir dessa constatação e a pandemia impedindo de nos encontrarmos, adaptamos o Projeto Missão Criança da IECLB. Em visita de portão (isolamento), foram entregues para 32 famílias os nomes de duas ou três crianças (somente o primeiro nome) e as tornamos responsáveis por orar por aquelas crianças e seus familiares. Todos disseram “SIM”. Também foi enviado um recado para os pais, via whatsapp, dizendo que tinha alguém da comunidade orando pelas suas crianças e famílias. Qual o propósito? A pandemia nos isolou, mas a oração nos manteve unidos como comunidade e família de fé. Por que orar uns pelos outros? Orar cria laços. A oração de intercessão é um grande presente que podemos dar a um filho, afilhado. Ao saber que uma pessoa, aparentemente “estranha”, está orando pela criança, mães e pais também se dedicam à oração e procuram investir mais tempo e carinho na educação cristã.
Como a pandemia está mais controlada, vimos que era tempo oportuno de as crianças conhecer seus padrinhos e madrinhas de oração, e estes, por sua vez, por quais crianças oraram até o momento. Assim, nos primeiros dias de outubro novamente enviamos recados por WhatsApp, mas desta vez convidando todos para virem no culto a fim de celebrar o Dia das Crianças de uma forma bem especial. Conforme testemunham as fotos, o templo foi preparado e ornamentado com a alegria da infância. Das crianças, uma minoria gripada, por precaução, não participou presencialmente, mas muitos vieram e foi um culto abençoado. A temática da celebração foi dada pelo Evangelho de Mateus 13.44, que compara o Reino dos Céus a um tesouro escondido no campo e desenvolvida a partir de uma encenação onde uma das orientadoras, vestida e agindo como agricultora, encontra dois enormes baús contendo um rico tesouro: uma almofada. A partir disso, cada criança recebeu da comunidade uma pequena almofada com seu nome e o nome dos padrinhos de oração. Elas também brincaram, foram abraçadas e abraçaram.
Palavras de uma madrinha de oração: “Foi lindo demais conhecer as crianças pelas quais eu estava orando e agora vou continuar orando.”
Enfim, a comunidade se reencontrou, houve união, parceria, cuidado, alegria e muitas bênçãos!
Catequista Traudi M. Kraemer