Mensagem da XIII Assembléia Sinodal do Sínodo da Amazônia

Sínodo da Amazônia assembleia 2010
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Sínodo da Amazônia Assembléia 2010
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Eis que eu assentei em Sião uma pedra, pedra já provada, pedra preciosa, angular, solidamente assentada; aquele que crer não foge. (Isaías 28.16)

A Amazônia passa por uma situação difícil de queimadas, fumaça intensa, rios secos, forte calor; Ambiente que contrastou com o clima de disposição e de fraternidade vividos na XIII Assembléia Sinodal do Sínodo da Amazônia. Refletimos sobre as diferenças e igualdades no nosso contexto e compartilhamos o fato de sermos iguais nessa diferença, pois comungamos histórias, experiências e sonhos que nos unem num mesmo objetivo de sermos igreja luterana nesse espaço tão diverso.

A diferença é nossa beleza e riqueza! Contudo, para que esta diversidade e beleza não se estranhem, cresçam e vivam unidas como membros da mesma família, é necessário que estejam alicerçados em Cristo, pois Ele é a pedra fundamental que une e mantem todos como pessoas, comunidades, paróquias, sínodos e Igreja.

Somos gratos pela solidariedade de igrejas irmãs de outros países que ajudaram na constituição do Sínodo, mas hoje, além dessa ajuda, vivemos uma história de solidariedade de sínodos nacionais e paróquias que tem nos ensinado a vivenciarmos as palavras de Efésios 2. 19: “Portanto, vocês (...) não são mais estrangeiros nem visitantes. Vocês agora são cidadãos que pertencem ao povo de Deus e são membros da família dele”. Não somos mais estrangeiros nem visitantes em terra estranha. Hoje exercitamos a ajuda fraterna entre comunidades e paróquias do nosso próprio Sínodo que auxilia na superação de diferenças e fronteiras.

Num mundo de contradições e dificuldades temos o compromisso cristão de vivenciar o testemunho da palavra de Deus. Assim, firmamos o nosso compromisso com o meio ambiente, as populações indígenas, os jovens, as mulheres, as pessoas portadoras de necessidades especiais e todas aquelas pessoas que se encontram em situação de falta de perspectiva e esperança.

Escolhemos a castanheira como símbolo do Sínodo da Amazônia por termos muitas coisas em comum. A Amazônia é a o nosso chão, Igreja na mais esplendorosa, riquíssima e misteriosa floresta do planeta. Igreja semeada por migrantes em busca de comida. Igreja polinizada por irmãos e irmãs no Brasil e no mundo. Igreja na busca da luz de Cristo na “mata fechada”. Não esquecendo também que a castanheira, nos campos sem floresta, desafia e aponta para a nossa responsabilidade com esse chão.

Saímos da XIII Assembléia Sinodal renovados pela oportunidade do encontro e pelos novos e antigos compromissos que assumimos coletivamente na esperança de conseguirmos praticar as nossas diferenças na busca da igualdade.
 

A intenção real de Deus é, portanto, que não permitamos venha qualquer pessoa sofrer dano e que, ao contrário, demonstremos todo o bem e o amor.
Martim Lutero
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