“Não se deixe vencer pelo mal, mas vença o mal com o bem”
Romanos 12.21
Em meio a este cenário produzido pela pandemia, tenho me deparado com as mais diversas tentativas de interpretar os acontecimentos. Tem gente que tem resposta para tudo. Outros tecem incontáveis críticas e emitem juízo sobre tudo e sobre todos. Poucas pessoas, no entanto, conseguem olhar para si mesmas e perceber que cada um de nós tem sua parcela de participação nessa situação que se estabeleceu.
Outra coisa: não consigo apenas enxergar o que há de ruim, de negativo nessa história. Não consigo concordar que “perdemos o ano”, ou que “2020 não existiu”.
Ora, se eu não consigo aproveitar nada de bom, de positivo, se não consigo aprender nada com tudo que está acontecendo, então, realmente, há algo de errado comigo e não com os outros.
Outro dia me pediram para dar ênfase a uma parte da oração do Pai Nosso. Que orássemos com mais fervor a parte onde pedimos “mas livra-nos do mal!” (Mateus 6.13).
Assim clamamos na presença do Senhor. Desejamos que os dias de sofrimento sejam abreviados, que Deus use sua grande misericórdia e sua incomparável graça para com o povo. Pedimos que o mal seja superado e o bem volte a reinar.
Muitas orações de hoje são assim. Desejamos que Deus abrevie essa situação de insegurança e sofrimento com a pandemia. Clamamos que Deus olhe por nós e abrevie este tempo. Também esperamos que isso se concretize através de algum remédio ou vacina. Clamamos para que Deus interfira e mude este quadro.
Jesus ensina seus discípulos e, também a nós, a clamar a Deus e buscar nele o consolo e a mudança nas situações ruins que se nos acometem.
O clamor é livra-nos do mal.
Nossa confiança está na certeza de que Deus escuta nossa oração e atende nossa súplica. Jesus nos indica para onde olhar e diante de quem clamar. Também nos ensina a clamar e esperar pela resposta e ação de Deus.
Deus sabe o tempo certo para as coisas e continua querendo unicamente o bem de sua criação.
Confiemos, através de Jesus, que Deus está presente em nossas alegrias e em meio às nossas dificuldades e dores.
O Senhor é conosco.
Oração: Ó Deus, como sou frágil. O medo me cerca. Há violência, ameaças, injustiças, mortes desnecessárias, trabalho demais, desemprego demais, conflitos entre pessoas, lutas pelo poder. A fome e a doença se espalhando. Fica comigo, ó Deus, pois em ti estão o poder e a verdade que me defendem. Preciso de Ti. Ouve-me, alivia-me. Quero sentir-te mais perto. Livra-me da ansiedade, do medo. Livra-me do mal. Dá-me a tua paz. Amém.
Pa. Ma. Tânia Cristina Weimer
Pastora Sinodal