Lema da IECLB encoraja para o empenho por pessoas discriminadas

13/09/2007

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O lema da IECLB para 2007 – “Não podemos deixar de falar daquilo que vimos e ouvimos” (Atos 4.20) – “nos encoraja a dizer o que temos visto: pessoas discriminadas por causa de suas pernas, lábios ou a cor da pele”, declarou a pastora Ms. Iára Müller, da Pastoral da Faculdades EST, na meditação de abertura do Encontro de Estudos a partir da Cartilha do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) “Justiça Transformadora: Ser Igreja e superar o racismo”. Iára usou várias velas no altar para ilustrar que, embora diferentes, todas precisam do mesmo oxigênio para viver.

Ela encerrou com o cumprimento que é usado no sul da África: “sawabona” – eu te respeito, te valorizo, és importante para mim – e “shikoba” – então eu existo para você. Em torno de 30 pessoas participaram do encontro, realizado nos dias 31 de agosto e 1º de setembro.

O evento foi promovido pelo Grupo Identidade da Faculdades EST, com o apoio do Conselho de Missão entre Índios (Comin) da IECLB, do Grupo Assessor de Etnia da IECLB, da Fundação Luterana de Diaconia (FLD-IECLB), do Wartburg College (EUA), da Comissão Ecumênica Nacional de Combate ao Racismo (Cenacora) e do Centro de Estudos Bíblicos (Cebi).

Na saudação de abertura, a vice-reitora da EST, Ms. Márcia Paixão, elogiou a iniciativa do encontro para refletir sobre a temática da superação do racismo. “Imagino que as aprendizagens já aconteceram quando vocês se reuniram com suas comunidades de origem para ler o material. Aqui, neste coletivo, vocês somarão as reflexões já feitas e aprofundarão este tema que é tão relevante”, observou.

Para Márcia Paixão, as mudanças sociais acontecem através da união dos grupos em torno de causas humanitárias que visem ao bem-estar coletivo. E para que elas aconteçam, é preciso encontro, estudo, aprofundamento das idéias e estabelecimentos de estratégias de ação, reforçou a vice-reitora. No seu entender, a superação do racismo precisa de encontros como este para o fortalecimento coletivo e a busca de estratégias políticas. Ela expressou o desejo de que o encontro sirva para fortalecer o grupo e o anime em sua caminhada de lutas.

Entre as demais saudações estiveram a de Selenir Gonçalves Kronbauer, coordenadora do Grupo Identidade, do reverendo Antônio Olímpio Santana, secretário executivo de Cenacora e há anos integrando comissões do CMI, de Joe Marçal, assessor do Fórum Mundial de Teologia e Libertação, e do pastor Hans Trein, da equipe do Comin.

As professoras da EST Dra. Ana Althoff (ao piano) e Ms. Ruth Kratochvil (voz) brindaram o público com várias músicas. (Texto e foto: Ingelore S. Koch-Faculdades EST)

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