Esta história inicia com a presença de algumas famílias alemãs, estabelecidas em Belo Horizonte e arredores, que, a partir de 1912 passaram a ser acompanhadas por pastores da Comunidade Luterana de Juiz de Fora que percorriam o interior do Estado, visitando as colônias alemãs. O aumento do número destas famílias levou à fundação, em 25/01/1933, da Comunidade Evangélica Alemã de Belo Horizonte. Nesse mesmo ano, ela recebe seu primeiro pastor, Walter Schlupp, que se dedica a ministrar cultos e aulas de alemão numa casa alugada para este fim pela Sociedade Escolar Alemã.
Em 1935, em substituição ao P. Schlupp , vem o P. Alfred Busch que, ao lado das funções comunitárias, também lecionava na Escola Alemã. Foi uma época de entusiasmo, destacando-se aí a construção de uma sede social alemã para aulas, cultos e atividades culturais. A partir de 1936, a Comunidade passa a fazer parte da Igreja Evangélica da Alemanha e é filiada ao Sínodo Brasil Central. O Alemão é a língua oficial na Comunidade.
Em 1942, a Segunda Guerra Mundial praticamente encerra as atividades sociais e religiosas da comunidade. A sede social foi requisitada pela polícia e entregue ao exército. Pastor e grande parte dos alemães ficaram em prisão preventiva. Em 1945, o P. Schwaner transfere-se de Juiz de Fora para Belo Horizonte. Em 27/01/1946, com 50 famílias, a comunidade é (re)fundada agora com o nome de Comunidade Evangélica de Belo Horizonte. Por 14 anos os luteranos usaram o templo da Primeira Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte.
A reedificação da comunidade no pós-guerra foi difícil, mas, com a chegada da Siderúrgica Mannesmann e de outras empresas alemãs, a partir de 1953, o número de famílias luteranas cresce consideravelmente.
Através de doações e de ajuda da Alemanha, a comunidade adquire, em 1961, um terreno na Serra e pode, finalmente, em 16/09/1962, inaugurar o seu templo. A casa pastoral foi construída depois e inaugurada em 28/11/1970. A atuação da Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas sempre foi decisiva na busca de fundos para as mais diferentes iniciativas da Comunidade.
De 1971 a 1987, com a atuação dos pastores Wolf Wirth e Hermann Mühlhäusser, começam a ser dados passos concretos de abrasileiramento da Comunidade. Os pastores e pastoras que vieram depois (Maria Luiza e Paulo Rückert, Dirci Bubanz, Ralf Weissenstein, Hans Zeller, Aneli Schwarz, Valério Schaper e Claudio Molz) também contribuíram para que, gradativamente, a CECLBH assumisse uma proposta missionária e diacônica, enquanto os cultos em Alemão iam dando lugar a cultos em Português. Entre 2004 e 2008 atuaram na CECLBH a Pastora Anete Roese e o Pastor Adilson Schultz.
Nos anos 80 foi construído o Lar Luisa Griese. Isso levou, em 1990, à fundação da Instituição Beneficente Martim Lutero que posteriormente passou a ser responsável por outras unidades de ação diaconal: Creche Cantinho Amigo, Centro de Integração Martinho e Oficina de Esperança.
O grupo de casais, os grupos de estudo bíblico, os cultos em diferentes locais, os corais Canto da Paz e Tocando Pela Vida, o trabalho da Instituição Beneficente Martim Lutero entre outras iniciativas, muito têm contribuído para aumentar aproximação de pessoas da CECLBH.
Diante da variedade de frentes para serem atacadas, foi elaborado, a partir de 1999, um planejamento estratégico para aclarar a missão desta comunidade e definir as prioridades no trabalho.