A ideia de começar o GRUPO TERNURA surgiu de Vera Miranda, que na época já participava de um grupo de crochê e sonhava em fazer algo em favor de crianças. Vera era visitadora voluntária do Departamento de Assistência Social da Comunidade Evangélica de Joinville na Maternidade Darci Vargas. Lá, via as necessidades das crianças pobres.
Um dia trocou ideias com sua amiga Nelsina Bächtold e ambas chegaram à conclusão de que deveriam tomar uma iniciativa. Logo foram atendidas com doação de lãs e fios por Odete e Darci Schmalz.
No dia 06 de Março de 1985 realizaram a primeira reunião do Grupo Ternura na residência de Vera, com mais senhoras convidadas: Neuci Ostrowski, Irma Zieck, Nelsina Bächtold, Hildegard Züge, Carmen Züge e Marion Marschner. Na segunda reunião, no dia 20 de Março, o grupo já contava com onze participantes. Mais tarde, durante um ano o grupo reuniu-se na residência de Valdivia Krüger. Nas palavras de Nelsina Bächtold: “...sempre dispostas, alegres e com muita vontade de trabalhar; umas aprendendo crochê, outras tricotar e assim motivadas a colocar o seu dom em favor do próximo.”
Em cada encontro cantava-se um hino, que dizia o seguinte:
“Se vier o Senhor, perguntar dos teu talentos
Que dirás ao Senhor dos talentos que Cristo te deu?
Multiplica-os, multiplica-os,
Os talentos que Cristo te deu!”
Também era lida uma mensagem, seguida de um momento de oração. Além disso, não faltava um delicioso café com doces.
Após alguns meses de reflexão sobre um possível NOME ao grupo, entre diversas sugestões, o Pastor Valmor Weingärtner escolheu o nome “TERNURA”. Com isto, foi eleita também a primeira diretoria do grupo, ficando a Sra. Vera Miranda como presidente.
Com o tempo, o Grupo Ternura cresceu, foi acolhido em diferentes residências. Após aproximadamente cinco anos de trabalho, já com cerca de 25 participantes, foi realizado um café-bingo no salão paroquial da Paróquia Cristo Bom Pastor e, em seguida, o grupo passou a reunir-se nas dependências da mesma.
Nunca faltou o apoio das senhoras da OASE, principalmente na costura de roupinhas. Não obstante, diversas mulheres católicas também auxiliavam com seus dons.
As mulheres sempre trabalharam em vistas de suprir as reais necessidades das jovens mamães carentes da Maternidade Darci Vargas. Muitas roupinhas de malha, casaquinhos de lã, sapatinhos e cueiros foram confeccionados.
Ainda hoje são feitos sapatinhos de lã, roupinhas com malhas doadas ao grupo e, muitos cueiros, com pelúcia comprada pela OASE. O grupo continua reunindo-se quinzenalmente nas salas da Paróquia Cristo Bom Pastor.
Recordamos as palavras de Nelsina Bächtold por ocasião dos 15 anos do Grupo Ternura: “O que antes era apenas um sonho agora é uma realidade e como se pode ver o trabalho existe porque muitas pessoas ajudaram e há de continuar enquanto houver mãos que trabalham e ajudam e ouvidos que ouvem o chamado: ‘Servi uns aos outros, Cada um conforme o dom que recebeu.’ (1Pedro 4.10)”
Incontáveis criancinhas pequeninas foram aquecidas com as roupinhas do Grupo Ternura. Incontáveis corações de jovens mamães foram aquecidos pelo testemunho de amor do Grupo Ternura. Talvez a maioria das voluntárias jamais viu o rosto daquelas crianças e mamães. Mas todas podem ter absoluta certeza das seguintes palavras de Jesus em Mateus 25.40: “Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.”
Com estas singelas palavras, congratulamos cada mulher que ao longo destes 25 anos fez parte dessa história, com desprendimento, ousadia, carinho, comunhão, serviço, testemunho e, acima de tudo, com amor.
Agradecemos a Deus pelos 25 anos do Grupo Ternura, e pedimos a Deus que continue abençoando e usando este grupo como instrumento de seu amor.
Roupas feitas com muito amor pelo grupo
Senhoras voluntárias do Grupo Ternura
Pastor Renato Creutzberg