Reunidos em grupos, a partir das questões propostas Arzemiro Hoffmann e Oneide Bobsin, os participantes refletiram sobre o nosso contexto e como ele dificulta a nossa missão e um dos temas que mais apareceu nas respostas foi a importância da acolhida e da continuidade da proximidade e de se olhar para a nossa história, mas também considerar muito o presente, olhando para o horizonte que se quer alcançar enquanto igreja.
Armando Maurmann, de Florianópolis, e relator de um dos grupos, destacou que nossos desafios são convidar, acolher, e acompanhar quem tem interesse em participar e que já participa de nossa Igreja, mas estas são as tarefas onde mais falhamos. Precisamos, em primeiro lugar, aprender a nos aceitar e verdadeiramente abrir portas.
Outro grupo, cuja relatora foi Marta Schneider, de Santarém, PA, destacou que a IECLB deve incorporar culturas, mas sem perder sua ética. O grupo no qual ela participou relatou também a necessidade de mudanças, que podem gerar perdas, mas, que se não forem realizadas, vão gerar perdas muito maiores. Assim, ele acredita que a discussão não deve ser sobre as bases teológicas, mas sobre como chegar no povo e responder as suas necessidades, sem escolher uma ou outra forma, mas abrindo-se para novas possibilidades. Também foi apontada a necessidade de incentivar mais trocas entre obreiros/as e leigos/as.
Rodomar Ramlow, de Pelotas, RS, trouxe de seu grupo o alerta de que não podemos “ter fama” a partir de um endereço, ou seja, é preciso ser igreja em todos os momentos da vida e não restringir-se ao templo, destacando mais uma vez a importância da acolhida.
Íris Pedrotti,de Cuiabá, relatora de outro grupo, lembrou que na formação de uma nova vida, ainda no ventre materno, o primeiro órgão a se formar é o coração e que este fato pode nos ser motivador: “somos paixão”. Assim, não é preciso mudar a teologia, mas usar a pedagogia de Jesus, deixar-se tocar por sua teologia, resgatar a ética relacional. O grupo salientou que a necessidade deve ser transformar a teoria pastoral em prática cristocêntrica.
Odemir Simon, de Marechal Cândido Rondon, PR, relatou que não existe um modelo de “igreja brasileira”, mas diversas formas e que é preciso buscar um equilíbrio entre emoção e razão. Seu grupo também destacou que é preciso cultivar relacionamentos nas comunidades, promovendo a acolhida e assim ajudando a formar o corpo. Outro ponto trazido pelos grupos, relatado por Luiz Guilherme, de Rio Claro, SP, é a necessidade que temos de deixar de lado a imagem de superioridade, de “igreja de ricos”. Dari Jair Appelt, de Três de Maio, RS, e relator de outro grupo, ainda acrescentou que é preciso estimular a convivência de modo que não seja preciso descartar nossas características para isso.
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