O sábado iniciou com meditação no terceiro dia do Fórum Nacional de Missão, em Florianópolis, SC. A partir da leitura bíblica de Mateus 25, 31-46, os participantes do Fórum foram desafiados a aceitar os desafios missionários que se colocam diariamente, de estar ao lado dos necessitados, nos hospitais, presídios, nas ruas, não tratando-os como “pobres coitados” mas como irmãos.
No início da manhã, os pastores Martin Weingaertner e Roberto Zwetsch, apresentaram os fundamentos bíblico teológicos da missão.
Weingaertner trouxe a base bíblica a partir do enfoque das parábolas, iniciando com interessante citação de Karl Barth, teólogo que afirmava que existe um espaço de uma ou 2 gerações entre a teologia e sua assimilação pela comunidade, assim, segundo Martin, ainda levará algum tempo para que possamos viver a missão que queremos.
Para ele a base bíblica da missão é o Evangelho de Jesus Cristo e para demonstrar esta resposta, ele guiou uma reflexão a partir das seguintes perguntas: O que é o Evangelho? Qual o seu efeito? De que missão o Evangelho nos incumbe? Como ele se difunde? O que trava o Evangelho? Podemos deixar de compartilhá-lo?
Para responder cada pergunta, Martin Weingaertner apresentou uma parábola, destacando alguns enfoques possíveis e necessários para a convicção de que o Evangelho de Jesus Cristo é de fato a base da missão.
Na seqüência, Roberto Zwetsch propôs uma leitura orante da Bíblia: várias pessoas se revezaram na leitura de Atos 10, que narra a história de Cornélio. Antes da leitura, ele destacou: “A gente nunca lê a Bíblia de forma inocente, a gente lê com interesses, e é preciso dizer isto diante de Deus, dizer o que queremos aprender. A Bíblia poderá responder e também nos questionar.”
Zwetsch também destacou que no Novo Testamento não aparece a palavra missão, mas sim envio: “E quem envia é Deus mesmo. Neste caso, antes de enviar Pedro, ele envia os mensageiros do pagão Cornélio. Deus age de maneira que às vezes nos parece estranho, pois ele inverte papéis e faz de pagãos mensageiros seus.”
Refletindo cada parte da leitura, Roberto Zwetsch frisou que a missão não pode ser personalista, mas o trabalho deve ser realizado em equipe, com muito diálogo, e que esta postura deveria ser muito exercitada no ministério. Para destacar esta postura, lembrou os versículos 34 e 35: “Então, falou Pedro, dizendo: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas; pelo contrário, em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe é aceitável”.
Mais uma vez, a partir das abordagens, a plenária foi dividida em pequenos grupos, para discutir o que foi ouvido.
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