Em julho deste ano, o Estatuto da Criança e do Adolescente completou 15 anos de existência, fruto de uma luta plural de diferentes militantes dos direitos da criança e adolescente em nosso país. A implantação, no entanto, ainda não garantiu a implementação da dignidade, formação integral, acesso a direitos e proteção de uma garotada que ainda é vítima de interesses privados, sofrendo manipulação e abuso em todos os níveis e de todas as formas. Acreditamos que o desafio comum que temos é apoiar e capacitar politicamente crianças e jovens para serem cidadãos/ãs livres, conhecedores/as de seus direitos, vigilantes contra a desigualdade de direitos (sexuais, religiosos, étnicos-culturais, econômicos, de gênero...), com voz ativa para denunciar todo e qualquer tipo de preconceito, portadores/as de iniciativas de transformação coletiva versus a criação de feudos personalistas controladores/as da liberdade seja sobre a cultura, educação, identidade étnica dos povos indígenas e negros, saúde, a Amazônia...
Nossa participação, enquanto Grupo de Cultura Regional Iaçá, em festivais, fóruns, conferências, conselhos e em todas as manifestações culturais populares é parte visceral de um processo de educação em que crianças, adolescentes e jovens adultos aprendem a democratizar o que é de todos/as mas é controlado por uma minoria. Por isso, manifestação cultural-popular-folclórica é movimento político e é fortalecimento da identidada afro-indígena, na luta por um mundo sem xenofobia.
Saudações de Iaçá,
Bene Carvalho - coord. Iaçá
Alan Chaves - coord. musical Iaçá
Alessandro Alves - monitor
Érica da Silva - monitora
Wanzeler Brito - monitor