Elementos litúrgicos

água, cinzas, fogo, flores

São elementos litúrgicos
Água
É um elemento natural que possui grande simbolismo na Bíblia e na liturgia. Lembra a criação (Gn 1), o dilúvio (Gn 7), a passagem pelo mar (Êx 14.15ss), o batismo de Jesus (Mc 1.9), o lava-pés (Jo 13.1-11). A água é símbolo da vida e da morte. O principal uso da água na liturgia expressa esse duplo simbolismo, como, por exemplo, o batismo com água, que representa a morte e a ressurreição em Cristo ou, o morrer e o renascer.

Cinzas
Seu uso na Bíblia expressa jejum, penitência, luto, tristeza (1Sm 4.12; 2Sm 1.2; Jó 16.15; Mq 1.10, Is 58.5; Jr 6.26). Esse elemento natural lembra a fragilidade humana: “somos pó e ao pó voltaremos” (Gn 3.19). Dessa fragilidade também faz parte o pecado; por isso, as cinzas representam o arrependimento, a conversão. O uso das cinzas também expressa o caminho para a ressurreição, para a nova vida. Indica começo. “Das cinzas, Deus extrai vida.” As cinzas, como elemento litúrgico, são utilizadas, em geral, na celebração do início da Quaresma, na Quarta-Feira de Cinzas, lembrando-nos que o tempo que antecede a Páscoa é, por excelência, um tempo para as pessoas cristãs refletirem sobre a condição humana de pecado e de necessidade da graça de Deus.

Fogo/chama
É símbolo da presença divina, particularmente do Espírito Santo. Representa a força renovadora e santificadora de Jesus. Nos cultos, o fogo está presente através das velas. Na festa de Pentecostes, o Espírito Santo é representado pelas línguas de fogo (cf. At 2.3-4). Na Páscoa, temos o “fogo novo” – a fogueira da Vigília, acesa fora da igreja – onde se acende o círio pascal. Representa o triunfo da luz (Cristo ressurreto) sobre as trevas do mal ou da vida sobre a morte.

Flores
Colocadas em vasos sobre a mesa da ceia, ou como plantas no templo, representam a vasta e bela criação de Deus, bem como a diversidade na unidade. Elas lembram a beleza da vida e, ao mesmo tempo, sua fragilidade e transitoriedade. Por isso, recomenda-se que os arranjos no templo sejam naturais. As flores e plantas jamais devem ofuscar outros símbolos presentes no espaço litúrgico e, principalmente, os elementos centrais do culto, tais como os elementos da ceia do Senhor ou a água do batismo e a Bíblia. As flores trazem beleza, mas devem ser discretas.
 

O Espírito Santo permanece com a santa congregação, ou cristandade, até o dia derradeiro. Por ela, nos busca e dela se serve para ensinar e pregar a Palavra, mediante a qual realiza e aumenta a santificação, para que, diariamente, cresça e se fortaleça na fé e em seus frutos, que ele produz.
Martim Lutero
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