Declaração: Anexação comprometerá a paz e a justiça

Declaração ecumênica sobre a anexação planejada do território palestino ocupado

29/06/2020

Como organizações religiosas que representam fiéis em todo o mundo, expressamos nossa preocupação com a anexação planejada pelo governo de Israel de territórios palestinos ocupados na Cisjordânia.

A anexação desses territórios viola diretamente o direito internacional e contraria vários acordos internacionais, as resoluções da Assembléia Geral da ONU e do Conselho de Segurança, o parecer consultivo de 2004 do Tribunal Internacional de Justiça e a Quarta Convenção de Genebra de 1949.

Apelamos urgentemente à comunidade internacional para que tome medidas imediatas para abordar diretamente essa ação unilateral. A nova ameaça de anexação aprofunda e agrava a atual situação de ocupação, que por muito tempo minou os direitos e o futuro do povo palestino.

Veja o texto completo da Declaração logo abaixo:


DECLARAÇÃO:

Anexação comprometerá a paz e a justiça

Declaração ecumênica sobre a anexação planejada do território palestino ocupado

O SENHOR faz justiça, e julga a todos os oprimidos. (Sl 103.6)

Como organizações religiosas que representam fiéis em todo o mundo, expressamos nossa preocupação com a anexação planejada pelo governo de Israel de territórios palestinos ocupados na Cisjordânia.

A anexação desses territórios viola diretamente o direito internacional e contraria vários acordos internacionais, as resoluções da Assembléia Geral da ONU e do Conselho de Segurança, o parecer consultivo de 2004 do Tribunal Internacional de Justiça e a Quarta Convenção de Genebra de 1949.

Apelamos urgentemente à comunidade internacional para que tome medidas imediatas para abordar diretamente essa ação unilateral. A nova ameaça de anexação aprofunda e agrava a atual situação de ocupação, que por muito tempo minou os direitos e o futuro do povo palestino.

Elevamos os clamores de todas as pessoas de boa vontade, de todos aqueles palestinos e israelenses que sofreram no conflito e, particularmente, do povo palestino que sofre todos os dias sob o regime de ocupação e a situação insuportável de bloqueio em Gaza. Reconhecemos que esta crise atual tem raízes históricas e complexas, mas que também é resultado de ações unilaterais, desigualdade de poder e uso de força e violência ao invés de diálogo e negociação. A paz nunca pode ser imposta ou alcançada unilateralmente por meios violentos.

A anexação planejada de territórios palestinos pelo governo de Israel seria um sério obstáculo para a conquista de justiça e paz entre israelenses e palestinos. Isso comprometerá ainda mais os direitos dos palestinos, reduzindo sua mobilidade, seu acesso a terra e meios de subsistência, infraestrutura adequada e serviços básicos. Aumentará o deslocamento forçado e poderá impedir o acesso de organizações humanitárias para fornecer serviços básicos e intervenções necessárias para salvar vidas.

Oferecemos nossa solidariedade e apoio, com a compreensão de que o Deus da vida nos chama a ações de justiça para todos os oprimidos. Prometemos nossa oração contínua e advocacia ativa juntamente com nossas Igrejas-membro por essa causa. Conclamamos a uma esperança inabalável que inspire ação, ao invés de passividade. Resolvemos continuar trabalhando por uma paz duradoura e verdadeira na Terra Santa.

Por isso, apelamos:

• Que Igrejas, e organizações vinculadas ao redor do mundo, continuem manifestando sua solidariedade e apoio ao reconhecimento e proteção dos direitos dos palestinos nos territórios ocupados.

• Que Igrejas, e organizações vinculadas ao redor do mundo, continuem apoiando as negociações entre Israel e Palestina por uma solução, de acordo com o direito internacional e as resoluções da ONU, e a acompanhar todos aqueles que trabalham pela paz e reconciliação, incluindo cristãos, judeus, muçulmanos e pessoas de outras religiões.

• Que a comunidade internacional defenda o fim da ocupação dos 1967 territórios o bloqueio de Gaza, se oponha aos planos de anexação que o Governo de Israel seja responsabilizado por suas obrigações internacionais como poder ocupante.

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