Samuel Sebastian Wesley (1810-1876) HPD 109
Nasceu: 14 de agosto de 1810, Londres, Inglaterra.
Faleceu: 19 de abril de 1876, Gloucester, Inglaterra.
Sepultado: Exeter, Inglaterra.
Samuel Wesley, organista notável e condutor de teatro, era um neto do grande hinista metodista Charles Wesley (1707-1788). A carreira musical de Samuel começou como menino de coro na Capela Real e St. Paul. Em 1826, ele começou a servir como organista, e fez as primeiras composições de música religiosa. Ele se tonou um organista de grande renome e teve também, vasta experiência como regente. Ele tocou o órgão em Hereford (donde ele fugiu com a filha do Decano), Exeter, igreja da paróquia Leeds , Winchester, e (a partir de 1865) em Gloucester.. Dotado de grande talento natural, ainda se preparou diligentemente na Universidade de Oxford, onde recebeu os graus de Bacharel e Doutor em Música. Além disso, ele ensinou na Academia Real, onde ele começou em 1850. Ele escreveu aproximadamente 38 hinos, e fez arranjos para muitos outros.
Em 1864 o hinário “A Selection of Solos and Hymns” (Uma Seleção de Solos e Hinos) foi editado em Londres por Samuel Wesley e Charles Kemble. No hinário de 150 hinos existiam mais de trinta melodias originais de Samuel Wesley. Uma dessas foi ligada ao hino que conhecemos como “Jerusalém Excelsa”, cuja letra recebeu a seguinte tradução no português:
O olhar dos oprimidos está em ti, no além, / Cidade de ouro puro, feliz Jerusalém.
Não sei nem imagino o gozo que há em ti, / A glória imarcescível não posso ver daqui.
Oh, doce lar bendito, em breve ver-te-ei, / Teus gozos inefáveis e a paz desfrutarei.
Exulta pois, minh’alma, prorrompe em canção; / Porque bem perto estamos da eterna redenção.
[Veja no “Cantor Cristão” nº 505, onde este hino consta com outra melodia].
Em 1868, em um apêndice do hinário “Hymns Ancient And Modern” (Hinos Antigos e Modernos), os seus editores usaram aquela melodia de Samuel Wesley para o hino “Da Igreja é Fundamento Jesus o Salvador” (HPD 109), da autoria de Samuel John Stone. Desde então este hino é tradicionalmente cantado com a melodia de Wesley, melodia está intitulada “Aurélia”(do latim Aurum, que significa “ouro”).
Contam que Wesley era um inveterado pescador e que um dia, a caminho para apresentar um concerto, viu um lugar tão encantador e tentador para pescar, que mandou o seu assistente prosseguir a viagem, apresentar o concerto em nome dele e avisar que foi detido por motivos superiores; Bill Reynolds, no seu livro Hymns Of Our Faith (Hinos de Nossa Fé), e Roberto McCutchman, no seu livro Our Hymnody (Nossa Hinódia), contam esta história.
De qualquer maneira, Wesley foi um grande músico, e deixou uma rica herança de composições. As suas últimas palavras, ao falecer, foram : “Deixem-me ver o céu”.
Na Catedral de Gloucester há um trabalho dedicado a Wesley, com os seguintes dizeres: “Este monumento foi colocado por amigos como expressão de alta estima do seu valor pessoal e admiração pelo seu grande gênio musical”. Há, na mesma catedral, uma janela colocada em memória dele. Mas o famoso Groves Dictionary of Music and Musicians, diz que “O monumento que mais perdura é o da sua própria criação, que persiste em suas obras”.
Fontes: www.cyberhymnal.org
“Kleines Nachschlagewerk zum Evgk. Gesangbuch” edição para Turíngia e Baviera, Munique, s.d. “Se os Hinos Falassem” – Bill H. Ichter – Vol. IV – pág. 60 a 63 .