Michael Praetorius (1571-1621) – HPD 32
Michael Praetorius era um dos compositores mais versáteis de sua época, e importante musicólogo, sendo particularmente importante no desenvolvimento de formas musicais baseadas nos hinos protestantes.
Michael nasceu (provavelmente) em 15 de fev. de 1571 como caçula de um pastor luterano, em Creuzburg/Werra (Thuringia). Ao nascer, foi registrado como Michael Schultze. Mais tarde latinizou seu nome, chamando se Praetorius. Freqüentou a Lateinschule (Ginásio) em Thorgau, onde foi educado na tradição de Johann Walter (1496-1570). Depois foi estudar teologia em Frankfurt/Oder. Enquanto isso já servia como organista. A partir de 1589 ele participou da orquestra do Duque Henrique Júlio de Braunschweig-Wolfenbüttel no castelo de Gröningen (próximo de Halberstadt).Em 1595 assumiu o cargo de organista em Wolfenbüttel, e mais tarde (1604) também se tornou regente da orquestra na corte de Gröningen. O Duque de Braunschweig o homenageou nomeando-o Prior de Ringelheim. A partir de 1613 Praetorius também prestou serviços nas orquestras do Administrador de Halle e do Príncipe Eleitor da Saxônia, trabalhando em Dresde e em viagens como conselheiro musical e organizador. Ele faleceu aos 15 de fev. de 1621 em Wolfenbüttel, e foi sepultado numa cripta sob o órgão da Igreja de Santa Maria em Wolfenbütten, Alemanha.
A partir de 1605 (até 1610) editou Musae Sioniae, uma coleção de 9 volumes com 1244 arranjos de corais e canções, através dos quais transmitiu às pessoas de sua época a herança musical dos tempos da Reforma Luterana. Ali se encontra, entre outros, o seu arranjo de Es ist ein Ros' entsprungen (Renovo mui delgado, HPD 32), arranjo esse que ainda hoje em dia vem sendo cantado.
Praetorius foi um compositor tremendamente prolífero, tendo suas obras mostrado influência dos contemporâneos Samuel Scheidt (1587-1654) e Heinrich Schütz(1585-1672). Quando trabalhou na corte da Saxônia, em Dresden (1613-16), ele teve contato com a música italiana mais atual, inclusive as obras policorais da Escola Veneziana. Seu desenvolvimento subseqüente da forma do concerto coral, especialmente a variedade policoral, resultou diretamente de sua familiaridade com a música de venezianos como Giovanni Gabrieli.
Em 1612 ele publicou o Terpsichore, um compêndio de cerca de 300 danças instrumentais, que é sua obra mais conhecida, bem como a única obra secular sobrevivente.
Seu tratado de 3 volumes Syntagma Musicum I e o Syntagma Musicum de Organographia II (1614-20) são textos detalhados de práticas musicais contemporâneas e instrumentos musicais, e são documentos importantes para a musicologia, organologia e o estudo de performances de época.
Fonte: Kleines Nachschlagewerk zum Evangelischen Gesangbuch für die Evangelisch-Lutherischen Kirchen in Bayern und Thüringen, Munique e Weimar, s.d.
S.Hermelink Prätorius, Michael em Die Religion in Geschichte und Gegenwart, Vol.V, Col.498, Tübingen, 1961.
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