Ämilie Juliane von Schwarzburg-Rudolstadt (1637-1706) HPD nº 233 e 292
Nasceu: 19 de agosto de 1637 em Heidecksburg, próximo de Rudolstadt/Saale (Alemanha)
Faleceu: 03 de dezembro de 1706 em Rudolstadt.
Sepultada: na igreja da cidade de Rudolstadt.
Em nossos hinários HPD (nº 233 e 292) e EG (nº 252 e 330), a poetiza Ämilie Juliane, Condessa von Schwarzburg-Rudolstadt, está representada com dois dos 587 hinos que ela produziu. Aliás, são dois hinos muito cantados e que levaram conforto a inúmeras pessoas durante vários séculos.
Ela nasceu 1637 no castelo Heidecksburg, próximo de Rudolstadt (sobre o rio Saale, Thüringen), para onde seus pais se haviam refugiados nas turbulências da Guerra dos 30 Anos. Ela era filha do Conde Albert Friedrich de Barby e Mühlingen. Com somente 5 anos de idade ela ficou órfã. Encontrou um novo lar na família de seus tios, os Condes de Schwarzburg-Rudolstadt. No ano de 1665 ela casou-se com seu irmão adotivo e primo, o Conde Albert Anton von Schwarzburg-Rudolstadt, com quem passou 42 anos felizes, residindo no castelo Heidecksburg.
Ela recebeu uma boa formação e participava, junto com sua família, das práticas religiosas da igreja luterana da sua época. Seu instrutor a introduziu na frutuosa Sociedade de Jesus, onde ela era conhecida como Amiga do Cordeiro.
Várias vezes na vida ela foi confrontada com a realidade da morte. Primeiro faleceram seus pais, mais tarde o pai adotivo e duas irmãs adotivas, e ainda perdeu dois dos próprios filhos. Ela pessoalmente, com 30 anos de idade, ficou doente e fraca. Mas sua fé era um baluarte em todas as adversidades da vida.
Durante os últimos anos de sua vida ela dedicou diariamente uma hora inteira para meditar sobre o fim da vida. No dia 03 de dezembro de 1706 ela faleceu em Rudolstadt. Foi sepultada no túmulo de seu marido, que se encontra na igreja da cidade de Rudolstadt.
O hino Wer weiss, wie nahe mir mein Ende (EG 330, tem 11 estrofes) = Quem sabe o termo desta vida (HPD 292) expressa bem a religiosidade da Condessa Ämilie Juliane. A sua fé estava baseada na Palavra de Deus (veja Salmo 90) e no evangelho da salvação por Jesus, o Redentor. Nele ela confiava. Jesus era o seu amparo. Nele encontrou conforto. Por isso pôde cantar Estou alegre e sossegado (5ª estrofe) e Assim eu vivo em alegria, confiando nele sem cessar; aceito o que o Senhor me envia, sem vacilar nem duvidar (6ª estr.). E no fim expressa a certeza Meu Deus, meu Deus, eu sei que, por Jesus, na morte dás-me a tua luz, no original: Aus Gnad durch Christi Blut machst du's mit meinem Ende gut. (Por graça pelo sangue de Jesus me dás um fim bem-aventurado).
O outro é um hino de louvor e gratidão. Certo dia Ämilie Juliane encontrou na Bíblia aquela passagem que conta, como o profeta Samuel, após uma vitória sobre os Filisteus, erigiu uma pedra e chamou ela de Ebenézer e disse: Até aqui nos ajudou o Senhor (I.Samuel 7,12). Esta palavra inspirou-a para o hino Bis hierher hat mich Gott gebracht (EG 252) = Até aqui me trouxe Deus; guiou-me com bondade (HPD 233) – um hino muito próprio para dias de aniversários natalício ou de bodas. E´ um testemunho de uma coração grato e feliz, e de profunda confiança em Deus, em dor e alegria. Por isso canta Confessarei até morrer: Por Cristo, ó Deus, me hás de valer! Somente em ti confio! – A melodia deste hino é de Peter Sohren, em 1668.
Fontes: Rudolf Keller em Feste-Burg-Andachtsbuch 2006, Freimund-Verlag, Neuendettelsau.
Lieselotte von Eltz-Hoffmann Lob Gott getrost mit Singen, Quall-Verlag, Stuttgart, 1989.
Veja também: http://www.heiligenlexikon.de/BiographienA/Aemilie_Juliane_Graefin_zu_Schwarzburg-Rudolstadt.htm
http://www.fembio.org/biographie.php/frau/biographie/aemilie-juliane-von-schwarzburg-rudolstadt/