HPD 35 Os olhos levantemos...
1. Os olhos levantemos e ao nosso Deus cantemos,
pois deu-nos força e vida, nos assistiu na lida.
2. Vivemos caminhando, de um ano ao outro andando;
só tendo Deus por guia, seguimos nossa via.
3. por medo, angústia e dores, por lutas e temores,
por todo o mal profundo que envolve nosso mundo.
O pastor e poeta Paul Gerhardt animava a sua Comunidade no Século XVII com essa letra, que é uma confissão de fé. Eram tempos difíceis, marcado por muitos sofrimentos, que assolavam a Europa naquela época. E essa letra ainda hoje nos toca e também pode nos animar no tempo atual a confiar em Deus. Vivemos caminhando, com relações diferentes do tempo em que vivia o poeta desta letra. Mas caminhamos dia após dia e assim se seguem os anos.
Os tempos mudam e os valores relacionais também. O que permanece é a única certeza que podemos contar com Deus como guia. Finda um ano e um novo se apresenta, assim como as estações da natureza se fundem e se confundem, dando assim, continuidade ao milagre da criação. É milagre da vida – Deus sempre presente.
Virada de ano é isso, olhar para traz, para avaliar e mirar para frente, com novos sonhos para topar novos desafios. Os textos litúrgicos indicados pelas Igrejas, para celebrados ecumenicamente neste período, levam nossos pensamentos ao passado e ao novo. Estes textos querem nos ajudar para também avaliarmos a nossa vida e ao mesmo tempo nos animam para o novo, alimentando-nos com esperança e confiança. Tudo está feito! Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem tem sede darei água para beber, de graça, da fonte da água da vida. diz o Senhor (Apocalipse 21,6). Leia também Isaías 66,10-14.
4. Tal como a mãe bondosa, solícita, amorosa,
protege os seus filhinhos, vigiando os seus caminhos,
5. assim Deus vela os trilhos de todos os seus filhos;
em luta e tempestade os guarda em fieldade.
6. Ó, dá-nos, Deus clemente, o Espírito potente
que venha guiar teu povo também neste ano novo!
(Paul Gerhardt)
Fonte: P. Inácio Lemke, em Joinville Luterano de Jan./Fev.2012, pág.05