Encontro I - Marcos 6.30-44
A) Intenção
Toda refeição inicia com uma oração de agradecimento ao Criador pelas dádivas concedidas. Neste sentido, pão e vinho representam todas as dádivas da criação.
A ação de graças é expressa através da procissão festiva na qual são trazidos o pão e o
vinho, no início da liturgia da Santa Ceia. Trata-se de gesto semelhante à procissão de entrada das crianças com as ofertas no início do culto de ação de graças ou festa da colheita. Assim, cada celebração eucarística é uma pequena festa da colheita, um convite à gratidão pelas dádivas divinas. Desejamos transmitir este aspecto da Santa Ceia às crianças, oportunizando-lhes a participação em uma ceia festiva, cuja liturgia de mesa se orienta na liturgia familiar judaica.
B) Textos
Palavras da instituição
Salmo 23; Salmo 103.1-2
Multiplicação dos pães - Marcos 6.30-44
Oração de mesa
C) Outros auxílios - textos paralelos
Marcos 6.30-44:
- Crescendo com Jesus* - Volume II - 9º Encontro
Mateus 14.13-21:
- Manual do Culto Infantil - 1973
Lucas 9.10-17:
- Manual do Culto Infantil - 1973
- Manual do Culto Infantil - 1984
João 6.1-14:
- Manual do Culto Infantil - 1983 - página 184
- Manual do Culto Infantil - 1989 - página 253
D) Preparo
1. A mesa está festivamente decorada com flores e velas; numa mesa lateral, estão os alimentos trazidos pelas crianças, o pão ázimo (veja receita no arquivo: preparo dascriançascelebração do culto eucarístico familiar), o jarro com o suco de uva e copos. Num determinado momento, estes alimentos serão trazidos à mesa central. Se possível, combinar antecipadamente com as crianças quais os alimentos desejam trazer ou o que gostariam de comer - talvez num encontro do culto infantil.
2. Convém:
. que o orientador leia o texto com antecedência e providencie o material necessário para o encontro.
. que arrume o ambiente antes da chegada das crianças . mesa, toalha, utensílios / travessas, copos, suco, pão sírio, flores, etc.
. Quando as crianças chegarem, convide-as a se sentarem em círculo / talvez prefiram sentar no chão / sob um tapete ou almofadas
3. Se você tiver possibilidades, leia no Crescendo com Jesus - volume II, o 9º Encontro, que trata também deste texto ali existe um subsídio muito interessante para você. Se desejarem, poderão optar em trabalhar com figuras ou mesmo com o retroprojetor.
No arquivo preparo das criançasfig-multiplicação, existem clip arts à disposição. Caso as figuras propostas não agradem, é possível escanear alguma de suapreferência de uma das Bíblia para Crianças existentes no mercado. Esta dica vale para todas as outras transparências deste CD-ROM. O recurso do flanelógrafo também é válido.
4. Escolha hinos fáceis para serem cantados com a turma. E organize o encontro com uma seqüência clara: Saudação / Invocação / Oração / Cantos / História Bíblica / Atividade / Etc.
E) Transcurso
1. No primeiro encontro, é narrada a história da multiplicação dos pães conforme Marcos 6.30-44. As crianças estão sentadas em círculo.
Jesus tinha enviado seus discípulos para as cidades e vilas. Eles receberam a ordem de falar de Deus às pessoas e curar os doentes. Agora eles estão novamente com Jesus. Acabaram de retornar. Jesus percebe que eles estão bastante cansados e diz: “Venham, vamos procurar um lugar bem tranqüilo onde possamos estar a sós e descansar.”
Aqui, onde eles estão, há muito movimento e barulho. A todo momento, pessoas chegam pedindo algo do mestre. Jesus e os discípulos sequer têm tempo para comer. Assim, eles resolvem pegar um barco e atravessar o lago até um lugar mais calmo e solitário.
As pessoas, porém, prestaram atenção na direção que o barco tomou. A notícia logo se espalhou, e descobriram onde Jesus e os discípulos estavam.
Quando o barco chega à praia, outra multidão já está à espera. Nada de sossego, nada de descanso. Todos querem falar com Jesus. Todos querem sua ajuda. Todos necessitam de algo.
Na verdade, Jesus queria descansar junto com seus discípulos. Mas ele tem pena das pessoas. Eles parecem um rebanho de ovelhas sem pastor. Por isso, Jesus dedica seu tempo para as pessoas. Ele fala com elas sobre Deus; ele cura os doentes; ele consola os tristes.
Sem que eles o tivessem percebido, começara a anoitecer. Preocupados, os discípulos vêm a Jesus e dizem: “Está ficando tarde e o lugar aqui é afastado. Mande as pessoas para os povoados, para que possam comprar alimentos.”
Jesus, porém, é de outra opinião: “Por que mandar todos embora? Dêem de comer às pessoas!”
Os discípulos acham que não ouviram direito. Seria uma brincadeira de Jesus? Meio irritados, eles dizem a Jesus: “O Senhor não pode estar falando sério! Dar de comer a tanta gente? Vamos precisar de umas duzentas moedas de prata para comprar comida para todos. Tu sabes que andamos mal de dinheiro. De onde vamos tirar todo este dinheiro?”
Jesus não se deixa influenciar pelo negativismo de seus discípulos. Ele ordena: “Dêem uma olhada e vejam quantos pães nós temos.”
“Mas para que isso?”, pensam os discípulos. Eles, entretanto, obedecem e voltam com a
informação: “Temos cinco pães e dois peixes. É tudo que conseguimos juntar”. E pensam: “E agora? O que ele vai fazer com estes poucos pães e peixes? Esta pouca comida sequer vai chegar para nós. Nem adianta começar a distribuir estas migalhas entre todas estas pessoas.”
Jesus não se deixa influenciar pelos seus discípulos. E ordena: “Digam às pessoas que
formem grupos e que sentem no gramado.” Os discípulos não compreendem a utilidade disto, mas obedecem.
As pessoas sentam em grupos de cem e em grupos de cinqüenta. Assim como os
discípulos, elas aguardam ansiosas pelo que está para acontecer. Todos olham para Jesus. O que ele vai fazer?
Jesus pede que lhe dêem os pães e os peixes. Ele não faz nada de extraordinário. Faz o que todo judeu religioso fazia antes das refeições.
Jesus toma os cinco pães e os dois peixes, olha para os céus e ora a oração de mesa.
(A/o narradora/o ilustra a história com o gesto correspondente).
Ele não lamenta pelo pouco alimento. Ao contrário, Jesus agradece por estas dádivas, agradece pelos poucos pães e pelos poucos peixes. Então Jesus parte o pão em pedaços, assim como era costume dos judeus. Ele dá os pedaços aos seus discípulos, que começam a reparti-los com as pessoas. E repete o mesmo com os peixes.
E então acontece o inesperado e o inimaginável: Estes cinco pães e dois peixes são suficientes para saciar a todos. Foram suficientes para mais de 5 mil pessoas. E todos ficaram satisfeitos e fortalecidos para caminhar de volta para suas casas.
Mas a história ainda não terminou! Primeiro parecia que o pouco alimento não seria suficiente. Agora a surpresa maior: ainda sobrou comida! Os discípulos enchem doze cestos com as sobras.
Jesus deu às pessoas o que necessitavam para o sustento de seu corpo. Naquele dia, ele falou de Deus, curou doentes e saciou a fome. E as pessoas perceberam: através do que Jesus faz, Deus está presente, no meio delas. Mesmo ao comer, elas perceberam o amor e a força que Deus transmite a elas através de Jesus.
As pessoas vieram pobres e necessitadas a Jesus. Ele as presenteou ricamente. Foi um dia de festa inesquecível. Com gratidão no coração, elas retornaram aos seus lares.
2. A narração da história é encerrada com canto, oração de intercessão e Pai-Nosso. Segue a ceia festiva. A estrutura desta ceia se orienta pelos passos da liturgia da Santa Ceia.
3. A/o dirigente introduz: “Nossa ceia festiva é como uma pequena festa de ação de graças/festa da colheita, na qual queremos agradecer a Deus pelas suas dádivas e seus presentes. Nós trazemos nossos alimentos até a mesa do centro e a decoramos festivamente.”
Juntamente com as crianças, os/as orientadores do Culto Infantil decoram a mesa com os alimentos trazidos pelas crianças, com velas e flores. Não deveria faltar o pão sírio fresco, preparado pelos orientadores (ou pelas senhoras da OASE ou pelos pais das crianças).
4. Após, o/a dirigente abre a ceia festiva: “Assim como Jesus o fez, queremos iniciar nossa ceia/lanche festivo, dando graças a Deus pelas suas dádivas/presentes. Para a oração, ela/e toma o pão ázimo na mão:
Oremos em conjunto a oração de mesa*: Obrigado, Pai celeste, pelas bênçãos que nos deste. Amém.” (* Também se pode utilizar outra oração de mesa conhecida).
“Assim como Jesus, nós também partimos o pão.” O/a dirigente parte o pão sírio/os pães sírios em tantos pedaços quantos participantes há em torno da mesa, colocando-os numa cesta previamente preparada. “Cada um pode pegar um pedaço de pão e passar a cesta adiante.” A cesta passa de mão em mão até todos terem o seu pedaço de pão. Depois, compartilham-se também os demais alimentos trazidos pelas crianças.
Ao final da refeição, a/o dirigente diz: “Como era costume nos tempos de Jesus, vamos encerrar nossa ceia festiva com louvor e agradecimento.”
Um/a colaborador/a do culto infantil serve suco de uva às crianças. O/a dirigente convida:
“Vamos orar juntos o Salmo 103.1-2”(ou salmo 23):
“Bendize, ó minha alma, ao SENHOR,
e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome.
Bendize, ó minha alma, ao SENHOR,
e não te esqueças de nem um só de seus benefícios.”
(Eventualmente substituir por versão da Bíblia para as crianças ou Linguagem de Hoje. Se as crianças não conhecem o texto, ele pode facilmente ser decorado na hora).
Então o/a dirigente toma o cálice nas mãos e profere uma curta oração de agradecimento. Exemplo: “Obrigado, querido Deus, pela comida e pela bebida que compartilhamos. Obrigado por podermos estar juntos e nos alegrar. Louvamos-te que és bom para nós. Amém.”
Após, a/o dirigente convida: “Deus quer que nossa vida tenha sabor e nos preencha com alegria. Por isso, nós encerramos nossa ceia festiva tomando este saboroso suco de uva.”
5. O encontro é encerrado com bênção e canto de louvor.
* Obs.: o material “Crescendo com Jesus” pode ser encomendado na Livraria Martin Luther em Blumenau/SC
(fone/fax: 0 XX 47 337 1110).