John Wesley nasceu na Inglaterra em 1709, como décimo quinto filho do casal Wesley, que levava uma vida, baseada nos ensinamentos da Bíblia. O pai era Pastor e filho de um Pastor, e a mãe, também de uma família de Pastores, era professora na Escola Dominical.
John aprendeu a ler com a Bíblia. Depois, aprendeu grego e latim, sem encontrar dificuldades. Com 11 anos, já estudava na Universidade de Oxford. Já naquele tempo, ele se perguntava: Como é que posso levar uma vida que agrade a Deus?
Em 1725, John recebeu o diploma de diácono e, três anos depois, formou-se Pastor. Já como diácono, ele foi eleito revisor do Lincoln College da Universidade de Oxford. Nessa função, ele recebia um ordenado e moradia gratuita. Em 1729, deu aulas de grego, filosofia e lógica na Universidade. Todos gostavam do seu trabalho, porque John era meticuloso e responsável.
O seu irmão Charles, também estudando na Universidade, tinha iniciado encontros com pessoas, interessadas em estudar a Bíblia e viver conforme seus ensinamentos. Charles era muito espontâneo mas não muito organizado. Não demorou, e John liderava as reuniões, porque conseguia organizar melhor as atividades do grupo. As reuniões aconteciam, no primeiro tempo, uma vez por semana mas, aos poucos, os membros encontravam-se todas as noites para estudar a Bíblia ou outros livros e conversar sobre a sua vida com Deus. Também na prática queriam fazer o certo: começaram a abrir escolinhas para crianças pobres e visitavam presos que, na época, viviam em condições horríveis. Eles notaram que todas estas atividades exigiam muita auto-disciplina e, por isso, estabeleceram regras para o seu dia a dia.
Houve colegas da Universidade que falavam mal dos que viviam conforme este método e, por isso, os chamaram de metodistas. Hoje, milhões de cristãos têm orgulho de se chamarem de metodistas.
Em 1735, após a morte do pai, Charles e John viajaram para América do Norte, para atuar lá como missionários. Eles achavam que, com uma dedicação mais intensa, podiam ter mais certeza da salvação. Mesmo fazendo lá um trabalho regular, a estadia na América não foi muito feliz e John resolveu voltar para a Inglaterra. Na viagem, durante uma tempestade, ele escutou o canto de alguns homens. Foi ver quem era, e ficou impressionado com a paz que sentiu no meio deles. Eram Irmãos de Herrnhut. Quando um deles viu que John estava muito preocupado com a salvação de sua alma, ele lhe deu o conselho: “Como pregador, pregue a fé até que tu ganhes a fé,e, depois, pregue porque tens fé.”
Na volta à Inglaterra, em 24 de maio de 1738, John visitou os Irmãos de Herrnhut quando estavam reunidos na Aldersgate Street, em London. Foi lida a introdução de Martim Lutero à Carta aos Romanos. Ele disse que, naquela hora, houve uma mudança. Ele sentiu um calor agradável e, de repente, confiava integralmente só na graça de Jesus. De uma hora para a outra ele se sabia liberto “da lei do pecado e da morte”. Também, que Jesus não exigia obras, mas que o homem age por amor a Jesus.
John Wesley, agora, transmitia alegria e amor. Cada vez mais pessoas assistiam às suas prédicas. Isso não foi bem visto pela Igreja Anglicana e houve restrições para as suas atividades. Aconteceu que pregava, então, em outros lugares e ao ar livre para um auditório maior do que em qualquer igreja. Em certos vales, os colaboradores construíram um púlpito alto num ponto que, pela acústica, deixava chegar a voz de John aos mais distantes lugares. Em Bristol, foi construída uma igreja para esse fim e, em Londres, foram comprados os galpões de uma fundição, para poder abrigar as multidões.
Como apóstolo do seu país, John Wesley viajava de um lugar para o outro. Muitas viagens fez a cavalo. Para aproveitar o tempo da viagem, mandou fazer uma sela com bolsas dos lados, onde levava livros, papel, um tipo de prancheta, caneta e tinteiro.
John Wesley era incansável. Todos os dias, durante 50 anos, ele pregava, às vezes quatro vezes por dia! Suas prédicas queriam fundamentar a vida dos cristãos. Ele preparava bem as prédicas, sempre mostrando como, na prática, devia ser o comportamento dos cristãos.
Cada vez mais pessoas faziam parte das Comunidades que nasceram e foram bem organizadas por John. Aconteceu aquilo que ele não queria que acontecesse: Nasceu uma nova Igreja: A Igreja Metodista.
John Wesley faleceu em 1791. Suas últimas palavras foram: “O melhor é que Deus está conosco!”
Certos historiadores acham que Inglaterra não precisou passar por uma revolução, assim como aconteceu na França, em 1791, por causa do avivamento que houve a partir da atuação de John Wesley.
