Conselho Sinodal de Música

Você consegue imaginar um Culto sem música? Sem hinos, sem o canto da comunidade ou de coral? Até dá para imaginar! Mas, não é mais culto luterano.

E isso não vem de hoje! Começou já com o reformador Martim Lutero. Há quase 500 anos a Igreja Luterana tem a Música como muito importante na sua vida comunitária. Lutero chegou a dizer que a música está em segundo lugar nas coisas mais preciosas da igreja. Está logo atrás da Palavra de Deus, o Evangelho.

Na infância de Lutero havia só 4 matérias na escola: ler, escrever, cantar e latim. Ali ele aprendeu a cantar. E ele soube usar muito bem seu conhecimento musical mais tarde, no tempo da reforma. Para ajudar o povo a gravar textos bíblicos ele fazia paródias: Adaptava o texto a uma melodia popular conhecida. E, de tanto cantar, uma comunidade inteira memorizava um texto da Bíblia. Mesmo que bem poucos sabiam ler!

A poesia e música sacra de Lutero começaram a florescer em 1523. Depois do martírio de dois jovens evangélicos em Bruxelas, escreveu “Iniciamos um novo cântico”, um hino que em 12 estrofes conta o triste acontecimento e louva a Deus pela firme fé dos dois jovens, que não temeram a morte na fogueira. No mesmo ano ainda criou letra e melodia do hino “Cristãos, alegres, jubilai” (HPD 155), um hino de ação de graças sobre a maior bênção que Deus nos ofereceu gratuitamente em Jesus Cristo.

A partir de 1524 Lutero fez hinos baseados em Salmos, traduziu e adaptou hinos que já existiam em latim, preparou hinos para dias festivos e didáticos para ensinar o Catecismo (Dez Mandamentos, Credo, Pai Nosso). Como ele escreveu a Spalatin: “É minha intenção, fazer cânticos espirituais pelos quais a palavra de Deus possa permanecer viva pelo canto.”

Os primeiros hinos foram impressos e distribuídos em folhas avulsas. Em 1524 oito destas folhas foram unidas num caderno. Assim começaram os hinários luteranos. Do total de 37 hinos de Lutero, 13 encontram-se em nosso hinário.

O Departamento de Música Sacra do Sínodo Norte Catarinense é o nosso empenho (meu e seu) de manter viva a importância da letra com melodia musical.

 

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Martim Lutero
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