Celebração ecumênica entre protestantes - Jubileu dos 500 anos da Reforma

Ecumenismo

22/10/2017

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Luteranos/as (IECLB e IELB), presbiterianos/as (IPI) e metodistas (IM) da região do ABCD realizaram uma Celebração Ecumênica no último dia 22 de outubro de 2017, às 10 horas, na Igreja da Ressurreição, Paróquia Luterana do ABCD, em Santo André-SP, por ocasião da comemoração conjunta dos 500 anos da Reforma.

Participaram da liturgia a Pa. Dra. Blanches de Paula, o Pastor Gerson David Ferreira, o presbítero Moisés José de Lima, o teólogo Paulo Sérgio M. dos Santos e o P. Alberi Neumann. A parte musical foi executada pelo Coral Luterano Castelo Forte da IELB (Músicas: “Meu Senhor, tu me deste”; “Bênção da Irlanda”), pela Diácona Irma Schrammel (flauta), por Felipe Cokeli (violão) e por Margarida S. Antonoff (órgão).

A liturgia acentuou elementos de agradecimento e de lamento, de confissão e de arrependimento; de perdão e de reconciliação; de paz e de recomeço; de testemunho e compromisso comuns.

Durante a pregação*, segundo o evangelho Lucas 10. 25-37 (A parábola do bom samaritano), a Pa. Dra. Blanches tematizou “as faces femininas de Deus”, que têm sido redescobertas nas reflexões teológicas atuais e que não podem mais ser consideradas heresias, absurdas ou proibidas.

“Cinco imperativos” (compromissos) foram assumidos e representados por 05 velas acesas no círio pascal e colocadas sobre a mesa do altar. São eles: 1. Nosso primeiro compromisso: “Mesmo que as diferenças sejam mais facilmente visíveis e experimentadas, a fim de reforçar o que existe de comum, pessoas batizadas devem sempre partir da perspectiva da unidade e não da perspectiva da divisão”; 2. Nosso segundo compromisso: “Pessoas batizadas precisam deixar-se transformar continuamente pelo encontro com o outro e com a outra e pelo testemunho mútuo da fé”. 3. Nosso terceiro compromisso: “Pessoas batizadas devem comprometer-se mais e mais na busca da unidade visível para compreenderem, em conjunto, o que isso significa em termos concretos, e buscar sempre de novo esse objetivo”. 4. Nosso quarto compromisso: “Pessoas batizadas são chamadas a redescobrir, em conjunto, a força do Evangelho de Jesus Cristo para o nosso tempo”. 5. Nosso quinto compromisso: “Pessoas batizadas em sua pregação e serviço ao mundo, dão testemunho, em conjunto, da misericórdia de Deus”.

Por fim, um quadro** pintado por Simone de Moraes Schleier emocionou a todos/as, rememorando o protagonismo das mulheres na Reforma e acentuando o protagonismo delas nos dias atuais.

Após o Culto seguiu-se para um café comunitário.


* Leia a íntegra da pregação.

** Leia a íntegra sobre os impulsos para a pintura do quadro.

“A ideia de trazer a presença da mulher no processo da reforma, deu-se logo de início. Pensei em retratar Catharina von Bora, mas já temos na história um retrato consagrado. Então eu trouxe a Catharina numa jovem luterana e atuante que traz em sua mão direita a Palavra de Deus que ela a segura na altura de seu coração. Como elemento de destaque do trabalho, a Bíblia é toda a fundamentação do processo da Reforma Luterana. Ela também traz na outra mão, o trigo, que para mim, é símbolo de alimento em todos os sentidos.

Neste cenário da jovem luterana, eu coloco de forma simbolizada a Rosa de Lutero composta de forma a reforçar nosso caminho de Fé.

Lembramos da cruz como símbolo de nossa Fé em Cristo crucificado.
A cruz está no coração, símbolo do amor de Deus e de nosso amor por Ele. É onde trago a presença das mulheres no processo da Reforma. Elas cultivaram o amor à Deus com perseverança, confiança, muita determinação e fé. Foram fundamentais no processo da Reforma Luterana.

Então temos a rosa branca que simboliza o conforto, a alegria e a paz e nela eu coloco a nossa Paróquia. A cor branca é símbolo da espiritualidade, e coloco nela uma mulher representando as mães, os pais, madrinhas e padrinhos, familiares e amigos que se encaminham à Igreja e levam suas crianças até a Palavra de Deus, até o convívio com sua comunidade.

Então temos o azul, que para mim representa o céu, que está sobre nossas vidas, nossas casas, como um manto protetor e acolhedor, símbolo de segurança e esperança.

E por fim a aliança dourada, aqui representada por um arco dourado, que nos lembra que todas essas graças não têm fim.

Concluindo minha reflexão, eu escolhi um tipo de arte, que eu usei em alguns elementos do quadro, que é a “art naif”, que para mim traz muita festividade. Mas ela me trouxe outra reflexão. Ao constatar que pintaria muitas e muitas pequenas flores, percebi que o trabalho seria árduo. Mas assim também é a Fé. Temos que acreditar, ter confiança, coragem, dedicação e perseverança. Então se plantarmos todos os dias as nossas Flores de Fé, eu acredito que teremos nossas vidas preenchidas pelo amor, pelas bênçãos e pelas graças de Deus” (Simone S.).


 

COMUNICAÇÃO
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Um coração repleto de alegria vê tudo claro, mas, para um coração triste, tudo parece tenebroso.
Martim Lutero
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