Caros Membros e Amigos da Paróquia Vila Campo Grande – Diadema!
Este 5° Domingo da Paixão é o domingo da justiça de Deus. Esta funciona diferente da humana onde normalmente cada um recebe conforme seu mérito. Isto nos mostra o texto sugerido para este domingo de João 11,47-53. Na justiça divina um vira voluntariamente bode espiatório no lugar de muitos, fazendo com que a vontade de Deus prevaleça mesmo através dos atos humanos injustos.
O Grande Sacerdote Caifás defende a morte de Jesus como sacrifício útil: ...é melhor que morra apenas um homem pelo povo do que deixar que o país todo seja destruído (v.50). Ele temia um conflito com as forças de ocupação romanas, e, claro, temia a diminuição do poder do alto conselho dos judeus. Nesta ótica parece óbvio sacrificar Jesus.
Mas ele não conta com o processo que se desencadeia a partir desta injustiça. Caifás acaba sendo instrumento da justiça de Deus mesmo cometendo uma injustiça. Deus escreve reto por linhas tortas. É a maravilhosa graça de Deus.
O que significa isto para nós? Que podemos confiar que Deus realiza a sua vontade na vida de cada pessoa. Muitas vezes somos céticos a respeito das nossas capacidades. É preciso confiar!
Ainda existe um outro aspecto em torno do sacrifício de Cristo. Com ele fica estabelecida uma visão muito crítica sobre toda lógica de bode espiatório na conviência humana. O Novo Testamento defende que a morte de Criso deve ser o último sacrifício humano. Nunca mais a lógica de Caifás! Quando na nossa conviência somos tentados de nomear alguém como bode espiatório, devemos nos lembrar do ultimativo sacrificio de Cristo e desistir.
Uma comunidade onde um é rifado para os demais pesistirem na sua conduta equivocada é vetada! Uma sociedade onde se aceitam condições precárias de vida para uma grande grupo para conservar o privilégio de poucos, é desmascarados como anacronismo.
É o Domingo Judica - Dia da JustiçaSaudações!
P. Guilherme Nordmann
Chamamos antenção pelas matérias novas em nosso espaço www.luteranos.com.br/capeladecristo:
- Noite Musical na Capela de Cristo - 9ª Edição - 28/03/2015
AGENDA: veja também www.facebook.com/capeladecristo
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22/03/2015 5° Domingo na Paixão |
16:30 h: Ensaio do Coral
18:30 h: Culto (P. Guilherme)
João 11,47-53: Deus escreve reto por linhas tortas
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29/03/2015
Domingo
de Ramos
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10:30 h: (Est. teol. Paulo Sérgio dos Santos) – Culto 12:00 h: Ensaio do Coral |
Luz da Semana - Para nossa reflexão
O Bode Espiatório
O povo de Israel celebrava a cada ano uma grande festa religiosa. Chamavam-na de “o grande dia da reconciliação”(“Jom Kippur”). Podemos imaginar essa festa mais ou menos assim: O sacerdote reúne o povo e diz: “Mais uma vez, durante um ano inteiro, nós acumulamos culpas em nossas vidas que atrapalham o nosso relacionamento com Deus. Mas Deus não quer que o nosso fracasso nos separe dele. Por isso ele nos deu um símbolo através do qual ele elimina nossa culpa”. Em seguida o sacerdote colocava no meio da assembleia um bode. Num ato simbólico, ele depositava a culpa do povo no animal. Então esse bode era tocado para o deserto, levando a culpa de cada um embora.
Aliás, continuamos falando em nosso linguajar até hoje desse “bode expiatório”. Isso vem daquela festa do povo do Antigo Testamento. Um “bode expiatório” é alguém, a quem a gente atribui, o que a gente mesmo causou. Esse jogo de transferência as pessoas adoram: responsabilizamos outros por algo pelo qual nós não estamos dispostos a responder.
Talvez a gente pode compreender aquele grande dia da reconciliação celebrado em Israel naquele tempo da seguinte maneira. Deus dizendo: “Parem com essa de jogar a culpa nos outros. Eu mesmo lhes dou um bode expiatório. Depositem nele os seus fracassos. Ele os levará embora”. Você sabe como fazer desaparecer pecado? Ele não desaparece quando somos castigados por isso. Tente uma vez castigar alguém pelo fato, de ele ser desconfiado. Com castigo isso não se resolve. O pecado deixa de existir, quando aquele a quem se dirige a desconfiança a suporta, a aguenta, a leva embora.
E ao ler o relato do grande dia da reconciliação os primeiros cristãos, de repente, sentem a sensação: quem sabe, através do acontecimento da Páscoa podemos entender também a morte de Jesus, entender o dia de sua morte como o grande dia da reconciliação de Deus com o seu mundo. E eles começam a enxergar, o que antes lhes era oculto. Eles descobrem: Deus se envolve de tal maneira com esse mundo, que ele desce até nós e permite que nossa desconfiança o atinja. No Cristo crucificado ele aguenta a nossa desconfiança e a leva embora. Nós somos tão valiosos para Deus que ele mesmo, em Jesus, se torna bode expiatório para tudo aquilo que nós aprontamos.
Do Curso Básico da Fé