Caros Membros e Amigos da Paróquia Vila Campo Grande – Diadema!
Neste 6° Domingo após Trindade refletimos sobre 1ª Pedro 2,1-10 que reforça a importância de cada um e cada uma na comunidade. Somos comparados por Pedro com pedras o que num primeiro momento é um paradoxo porque pedras são algo sem vida, pesado. Dizemos que algo é pedra morta quando vemos uma casa sem vida, uma igreja sem gente...
E é isto que acontece quando olhamos as paredes de uma igreja: Sem a comunidade que sempre de novo preenche ela com vida sobram somente as paredes de pedras mortas. É verdade que uma igreja regularmente utilizada respira a presença do povo de Deus mesmo nos dias sem atividades. Parece que a presença de Cristo no meio da comunidade ainda preenche o espaço mesmo quando esta está ausente. Quem num dia de semana qualquer entra em nossa querida Capela de Cristo pode sentir isto. Parece que a fé, a esperança, os anseios, o amor dos seus membros estão presentes mesmo quando estes não estão lá.
Mas quando uma igreja não é mais usada como tal, isto acaba aos poucos. Acaba virando pedra morta. Para que isto não aconteça Pedro compara Cristo e as pessoas com pedras vivas. Não são as quatro paredes do templo que fazem as diferenças mas a fé viva das pessoas que nele congregam. Podemos ser pedras vivas quando nos ligamos a pedra fundamental que é Jesus Cristo. Esta ligação que nos dá vida e proporciona dignidade. Somos nada por nos mesmos, mas tudo por ele.
Saudações
P. Guilherme Nordmann
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Domingo 27/07/2014 6º Domingo após Trindade |
10:30 h: (P. Guilherme) – Culto
1ª Pedro 2,1-10: A pedra fundamental visível aos olhos da fé
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Sábado
02/08/2014
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15:00 h: Ação entre amigos pela Campanha Vai-Vem com Bingo |
Domingo 03/08/2014 7º Domingo após Trindade |
10:30 h: (P. Guilherme) – Culto com Santa Ceia
Bênção aos Aniversariantes
Êxodo 16,2-3+11-18: Segurança alimentar no Reino de Deus
12:00 h: Ensaio do Coral
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Luz da Semana - Para nossa reflexão
Em Memoriam de Rubem Alves
Faleceu no último sábado, 19 de julho, em um hospital da cidade de Campinas, Estado de São Paulo, o escritor brasileiro Rubem Alves, famoso por seus romances, crônicas e ensaios. Apesar de ser mais conhecido como escritor, o mineiro [nascido no Estado de Minas Gerais] Rubem Alves também era poeta, filósofo, cronista, contador de histórias, ensaísta, psicanalista, acadêmico, pedagogo, autor de livros infantis e teólogo. Seu legado intelectual soma mais 160 títulos de ficção e não ficção publicados em 12 países, tendo com isso se tornado um dos escritos brasileiros contemporâneos mais lido.
Alves já vinha internado há quase 10 dias para tratar uma pneumonia e foi vencido por uma falência múltipla de órgãos. Alves, aos 80 anos, deixa uma legião de fãs e admiradores de suas obras.
Sobre sua trajetória como teólogo, Alves foi pastor presbiteriano e na década de 1960 tornou-se um dos principais impulsionadores da Teologia da Libertação (TdL). Em sua abordagem, defendia o entendimento de que a TdL deveria ser complementada por dois processos: o psicanalítico e o pedagógico.
O intelectual levou seu fazer teológico para os estudos acadêmicos nos Estados Unidos e, em 1968, na Universidade de Princeton, defendeu a tese de doutorado em Filosofia intitulada A theology of human hope” (A Teologia da Esperança Humana). No Brasil, a obra só foi editada e publicada no ano de 1987.
Por cerca de 40 anos, Rubem Alves se afastou dos estudos em Teologia da Libertação por motivos que não costumava explicar, mesmo assim continuou sendo considerado um impulsionador intelectual dessa teologia considerada revolucionária. Entre suas obras fundamentais voltadas para o tema estão A Teologia da Esperança” e O Enigma da Religião”.
(Adital)
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... Já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza. Concordo com Mário Quintana: Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver. A vida é tão boa! Não quero ir embora...
Eram 6h. Minha filha me acordou. Ela tinha três anos. Fez-me então a pergunta que eu nunca imaginara: Papai, quando você morrer, você vai sentir saudades?. Emudeci. Não sabia o que dizer. Ela entendeu e veio em meu socorro: Não chore, que eu vou te abraçar... Ela, menina de três anos, sabia que a morte é onde mora a saudade.
Cecília Meireles sentia algo parecido: E eu fico a imaginar se depois de muito navegar a algum lugar enfim se chega... O que será, talvez, até mais triste. Nem barcas, nem gaivotas. Apenas sobre humanas companhias... Com que tristeza o horizonte avisto, aproximado e sem recurso. Que pena a vida ser só isto...”
Da. Clara era uma velhinha de 95 anos, lá em Minas. Vivia uma religiosidade mansa, sem culpas ou medos. Na cama, cega, a filha lhe lia a Bíblia. De repente, ela fez um gesto, interrompendo a leitura. O que ela tinha a dizer era infinitamente mais importante. Minha filha, sei que minha hora está chegando... Mas, que pena! A vida é tão boa...”
Rubem Alves