
Feijoada na Capela de Cristo é neste Domingo!
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Sábado, 17/08/2013 | 14:00 h: Preparação e montagem da Festa da Feijoada |
Domingo, 18/08/2013 13° Domingo após Pentecostes |
Festa da Feijoada 10:30 h: Culto na Capela de Cristo (P. Guilherme) Em seguida: Feijoada, Café, Bolo, Bingo, Sorteio, brincadeiras... 18:00 h: Culto no Salão comunitário em Diadema (P. Guilherme) |
Terça, 20/08/2013 |
19:00 h: Estudo Bíblico em Diadema |
Quinta, 22/08/2013 |
19:00 h: Presbitério na Capela de Cristo |
Domingo, 25/08/2013 14° Domingo após Pentecostes |
10:30 h: Culto na Capela de Cristo (P. Guilherme) - Benção aos Aniversariantes 10:30 h - 15:30: Encontro de Confirmandos na Capela de Cristo 17:00 h: Reunião de Diretoria no Salão Comunitário em Diadema 18:00 h: Culto no Salão Comunitário em Diadema (P. Guilherme) |
Caros Membros e Amigos
da Paróquia Vila Campo Grande – Diadema!
Neste 13° domingo após Pentecostes refletimos sobre João 9,1-7, que reflete sobre a origem dos males em nossa vida. A doença ou deficiência, ela é uma forma de castigo divino ou haveria outra explicação?
Tudo isto vem a tona quando Jesus encontra um homem nascido cego. Ele o cura e deixa claro Deus não castiga mas que tudo serve para revelar seu poder. Para mostrar a verdade disto, Jesus cura ele mostrando assim o poder de Deus.
Talvez pensamos que em nossas vidas não funciona tão fácil assim. Sofremos e não vem ninguém nós curar. Mas Jesus dá este exemplo forte para clarear a nossa cabeça. De não se deixar enlouquecer. Pois é o que mais fácil acontece na adversidade que na busca por explicações vem esta ideia que seria punição por algum pecado. E pior quando esta ideia vem de outras pessoas.
A mensagem de Jesus é que é preciso batalhar o tempo necessário, mas sem perder a fé no Deus amaroso que quer o nosso bem em todas as cercunstâncias, que algum dia seu poder se manifestará mesmo em nosso sofrimento.
Saudações
P. Guilherme Nordmann
Luz da Semana - Para nossa reflexão
RUBEM ALVES
O prazer nosso de cada dia dá-nos hoje...
Quero é viver intensamente de novo o passado que vivi, sem os sentimentos de culpa que a religião botou na minha cabeça
QUEM diria que o Riobaldo era profeta ecumênico? Foi ele mesmo que me disse: Eu, cá, não perco ocasião de religião. Aproveito de todas. Rezo cristão, católico e aceito as preces de compadre meu Quelemém, do Cardéque. Mas, quando posso, vou no Mindubim, onde um Matias é crente, metodista: a gente se acusa de pecador, lê alto a Bíblia, e ora, cantando hinos belos deles...
Também eu não perco ocasião de religião. Tenho sangue católico nas veias. Meu avô ia ser padre. Lá no sobrado no sótão, ficavam guardadas as velharias numa canastra. Entre elas, uma carta do meu avô, adolescente, interno do Caraça, pedindo dez tostões para comprar uma batina nova.
Tenho também sangue de espírita, que eles chamam de espiritualista ou kardecista. Eu estava em São Paulo, puxei conversa com o motorista do táxi, perguntei de onde ele era. Sou de Macuco, respondeu. Macuco? Conheço muito... É perto de Lavras do Funil onde vivi desde menino... O taxista se sentiu mais íntimo. Lavras é lugar de um espírito de luz, médico que anda pelo mundo dos sofredores curando doenças... E como é que ele se chama?, perguntei. É o doutor Augusto Silva... Dei uma risadinha: O doutor Augusto Silva foi meu tio...
E tenho também sangue de protestante. A gente tinha ficado pobre por causa da crise de 1929. Fomos morar numa casa de pau a pique emprestada. Rico que fica pobre tem de mudar para longe. Todo mundo foge dele, com medo de que ele peça dinheiro emprestado.
Mas havia um homem que não fugia, se aproximava e visitava. Era o seu Firmino, evangelista protestante que prometia as riquezas do céu para aqueles que sofriam as pobrezas da terra. A pobreza do meu pai: não tinha dinheiro para pagar escola para os filhos.
Mas o seu Firmino conhecia os missionários protestantes donos do Instituto Gammon, em Lavras. Ele mexeu os pauzinhos e o Gammon deu bolsas de estudo para os meus irmãos. Ficamos então protestantes; não por conversão, por gratidão.
Pois não é que Deus, mesmo sabendo da minha religiosidade, anda me pregando umas peças? Meus amigos tentam interceder, inutilmente. E uma amiga querida me sugeriu que eu ficaria melhor se abandonasse minha incredulidade e acreditasse na reencarnação. Com a reencarnação tudo se explica e há a certeza de um final feliz...
Pois saiba você que eu acredito na reencarnação, eu disse. Faz tempo anunciei a minha conversão num artigo de nome esquisito: oãçanracneeR'. Reencarnação ao contrário: não de trás para adiante, mas de diante para trás.
Não quero evoluir para frente nem ficar parado no eterno presente do céu... O céu me dá claustrofobia.
Além do que não quero evoluir.
Muitas coisas não podem e não devem evoluir: saíras de sete cores, riachinhos, ipês floridos, a Nona Sinfonia, uma preta jabuticaba são seres perfeitos. Como seria uma jabuticaba evoluída? Uma jabuticaba cúbica? Esse objeto é divino, não pode e não deve ser melhorado. O que eu quero não é evoluir. Quero é viver de novo intensamente o passado que vivi, sem os sentimentos de culpa que a minha religião botou na minha cabeça.Toda noite peço perdão a Deus pelos pecados que não cometi...
Assim, quando já são poucas as jabuticabas na minha tigela, rezo o meu pai-nosso herético erótico: O prazer nosso de cada dia dá-nos hoje...