Batismo não é um ponto de chegada, mas um ponto de partida. Marca o início de uma vivência cristã, de um diário e constante apropriar-se de sua promessa, até a morte. Ninguém discerniu em tamanha profundidade a relação entre batismo e vivência cristã como Lutero.
O Batismo é como o nascimento natural: é básico para tudo. No momento do nascimento somos apenas um feixe de potencialidades que continuam a se desenvolver e a desabrochar ao longo da vida.Do adulto a Igreja exige, com razão, que demonstre sua disposição de ser batizado e uma confissão de fé. Na maioria dos casos, essa fé não passa ainda de uma sombra daquilo que pode chegar a ser. A experiência e o conhecimento cristãos acontecem, em geral, do outro lado da pia batismal. (...) Se isso for verdade, então a situação da criança cuja resposta em fé ocorre totalmente depois do Batismo não é muito diferente da do batizando adulto.
Para a comunidade cristã, o fato de que o batismo marca o início de toda uma existência de fé das pessoas batizadas coloca a responsabilidade especial de ajudá-las e dar-lhes condições para viverem o seu batismo durante toda a sua vida, para o crescimento na fé,na esperança e no amor.
Fonte: Manual de Batismo da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil