Entre as diversas programações que o restauro da igreja do Espírito Santo, templo da Comunidade Luterana Blumenau Centro, uma em especial chamou a atenção. No último sábado, 14 de maio, foram vendidas e leiloadas peças de estimado valor cultural que foram feitas a partir de material que seria descartado durante o processo de restauro, algum destes datados de 1877, ou seja, 27 anos após a vinda dos primeiros imigrantes ao Vale do Itajaí.
As peças de arte foram desenvolvidas por artistas de Blumenau, que ressignificaram pedaços de madeira, metais, telhas ou outros objetos que não seriam utilizados e seriam descartados. Arian Grasmück, Maurílio César Bugmann, Pedro Gottardi, Reinaldo Pfau, Sandra Regina Bugmann, Suely Freigang e Fransuê Ribeiro expuseram suas obras no salão comunitário, que se transformou naquela tarde no salão cultural da arte. O evento contou também com um coquetel de boas-vindas e apresentação de musicistas do Alameda Haus, da Escola Luterana Barão do Rio Branco.
A curadoria ficou a cargo da arquiteta e artista plástica Cristiane Mundim Lindner, da arte educadora Rozenei Maria Wilvert Cabral e da artista, arte educadora e produtora cultural Suellen Junkes. A partir desta quinta-feira, 19, a Exposição Intemporaneidade, está no espaço de exposição Johannastift, na Alameda Haus Artes e Idiomas (Alameda Rio Branco, 165, Blumenau/SC).
A receita gerada foi revertida para o restauro, que está na segunda fase. Atualmente, o trabalho está concentrado na colocação do forro de madeira. Bancos e lustres estão na fase final da restauração. A equipe responsável estuda o projeto do entorno do prédio, luminotécnico com especificações de lâmpadas e luminárias, reparação e restauro do piso e definição da pintura.
