A prática do voluntariado é uma maneira inteligente que possibilita a abertura de novas experiências e oportunidades de aprendizado, conhecer realidades muitas vezes tão distantes de nosso entendimento e convívio, além do imenso prazer de fazer parte de uma causa. É feito sem recebimento de qualquer remuneração ou lucro. É uma atuação de prestígio, visto que a pessoa voluntária ajuda quem precisa, contribuindo para um mundo mais justo e solidário.
Na Associação Diacônica Luterana (ADL), os alunos e alunas do terceiro e quarto anos, durante o mês de julho de todos os anos participam de uma inserção voluntária intermediária em diversas instituições sociais ou comunidades religiosas da IECLB. Esse é um momento bastante rico para os voluntários e voluntárias, pois possibilita maior integração com instituições sociais ou comunidades da IECLB. É um momento para o fortalecimento de habilidades e vocações futuras. É um importante instrumento para a formação de lideranças comunitárias.
Em 2015 trinta alunos e alunas foram acolhidos por doze instituições. São elas:
- Abrigo Rainha Silva (RJ)
- Albergue Martim Lutero (ES)
- Amparo Feminino (RJ)
- Associação Beneficente Evangélica Floresta Imperial – Lar Padilha (RS)
- Biblioteca das Faculdades EST (RS)
- Casa Matriz de Diaconisas (RS)
- Creche Bom Samaritano (PR)
- Retiro Humboldt (RJ)
- Lar Ebenezer (PR)
- Pro Ludus - O Caminho/ Comunidade de Gravatá (PE)
- Sou Feliz – Organização de amparo de idosos (ES)
- Paróquia de São João de Laranja da Terra (ES)
As atividades desenvolvidas são bem diversificadas e com públicos bastante distintos. Neste ano predominaram as atividades de musicalização, contação de histórias, brincadeiras com crianças, acompanhamento de idosos e idosas, conversação, dinâmica de grupo, apoio em celebrações religiosas e similares. As alunas Lorrayne Henke e Bruna Lube Mayer aturam como voluntárias com idosos e idosas na instituição Sou Feliz em Marechal Floriano (ES) e contaram que “a inserção voluntária é um período bastante intenso e divertido, conhecer novas pessoas e ouvir suas histórias”.
As experiências da adolescência são bastante significativas para o futuro profissional, são importantes para contribuir na escolha de cursos após a formação do ensino regular. O aluno Carlos Holtz diz que “conhecer uma instituição que acolhe mulheres e crianças em vulnerabilidade social proporcionou que eu tenha um discernimento maior quanto a assuntos relacionados à violência e abuso contra mulheres. O que me motivou ainda mais em iniciar no próximo ano o curso de Direito para poder auxiliar as pessoas”. Ele foi acolhido com os colegas Rhaulison Araújo Quintino e José Felipe Fabiano da Silva na instituição Rainha Silva em Itaboraí (RJ). Já a aluna Larissa Ahnert Gobbo (Creche Bom Samaritano, em Curitiba) disse que “nessa oportunidade pude descobrir que quero muito ser psicóloga, pois percebi que gosto de ajudar as pessoas”.
Esse período oportuniza aos alunos e alunas vivências práticas em instituições/comunidades com públicos/grupos distintos, para que assim percebam a importância da vivência comunitária e religiosa, do voluntariado e das práticas sociais.
Receber as voluntárias da ADL na Associação Albergue Martim Lutero foi de extrema importância. As atividades lúdicas desenvolvidas auxiliaram de forma benéfica no enfrentamento dos percalços causados no processo de saúde-doença e trouxeram consigo melhor aceitação dos albergados para os tratamentos médicos”, contou a assistente social Nelzileide Said Mariano, mentora de três voluntárias.
A instituição acolhedora garante aos voluntários a hospedagem e apoio de um coordenador para orientação e acompanhamento dos adolescentes. “A relação de convivência com os alunos, posso dizer que foi de grande aprendizado para todas pessoas, foi possível estabelecer uma conexão de trabalho muito sólida”, conforme Tiago Ademir Graube, orientador Socioeducativo da instituição Rainha Silva.
Na ADL, após o retorno, foi realizada a avaliação com os voluntários e as voluntárias. Todos contaram que foram muito bem acolhidos e tiveram experiências enriquecedoras. Muitos se emocionaram, por exemplo, contando histórias narradas por idosos e desafios que crianças tão pequenas já enfrentam. Conforme conta a voluntária Fernanda Moreira Fehlberg, “descobri que é importante vivenciar novas experiências, aprendemos com os problemas das outras pessoas e percebemos que o mundo gira e não gira apenas para as nossas vontades”.
A ADL é muito grata por todo o apoio das instituições parceiras e em especial o acolhimento dos seus adolescentes. São experiências bonitas, histórias inesquecíveis e oportunidades únicas para esses jovens.