Certa vez, li no jornal da minha cidade, em uma coluna assinada por um Ministro de outra denominação religiosa, uma crítica aos jovens. O tema
era a velha questão que aflige muitas Paróquias Onde estão os jovens, que não os vemos na Igreja?
Em minha Comunidade, isso nunca foi problema: alguns jovens sempre marcam presença nos cultos e em outras atividades. No entanto, a ausência
dos jovens é uma realidade em muitos locais.
Talvez a pergunta não esteja correta ou completa. Além de (ou em vez de) perguntar Onde está o jovem?, também é preciso questionar Como Comunidade, acolhemos este jovem e o aceitamos? Estamos dispostos a ouvi-lo? Ouvir as suas tristezas, as suas alegrias e aprender com
ele?
Pela falta de apoio, o jovem se afasta da Igreja e sai à procura de outros locais, com outros atrativos, com acolhimento! Depois, não adianta ficar
perguntando pelos jovens, pois será difícil tê-los de volta.
Sem dúvida, muitos jovens ainda desconhecem o trabalho da sua Igreja e vários jovens de outras manifestações religiosas não conhecem o trabalho
com jovens realizado na IECLB. É aí que entra a Comunidade, que deve amparar esse jovem e acolhê-lo.
É importante lembrar que novos integrantes chegam, na maioria das vezes, pelo convite dos próprios jovens, por isso deve-se, acima de tudo,
valorizar o grupo de JE já existente, pois dali podem sair tesouros valiosíssimos, como membros ativos e competentes lideranças de Comunidade.
Quem sabe, um dia, a relação Jovem x Comunidade não precisará ser mais escrita assim, passando a ser Jovem é Comunidade.