Nós gostamos de trabalhar; de medir; de saber o tamanho da sala onde nos reunimos.
Nós adoramos administrar obras, organizar bazares, cafés coloniais, reuniões e assembleias.
Coisa boa perceber que a comunicação funciona, que as pessoas alcançadas reagem, que as redes de amigas e amigos se agraúdam, que o ILCV cresce.
O texto bíblico que acabamos de ler, sugere que dobremos os joelhos diante de Deus.
Dobrar joelhos? Isso é sinônimo de pequenez – disse um amigo.
Ora, ter fé não é se rebaixar, mas olhar para frente, animar-se com as perspectivas de futuro.
Dobrar joelhos não tem nada a ver com se apequenar. Tem, sim, com engrandecer a Deus.
Aqui, nada de fita métrica, mas o entendimento que tudo vem dele, a base de tudo que existe.
Então, o que fazemos aqui no ILCV? O que é essencial para nós nessa história? Como nos doamos no trabalho? Quais são nossos objetivos?
Gente querida! A edificação do ILCV não é nossa prioridade. Ela é, isso, sim, saber de onde vem nossa força; nossa esperança.
Simpatizante, secretária, tesoureiro, conselheira, presidente – ninguém é maior ou menor. O que nos nivela? A nossa medida é a dobra dos joelhos!
Deus fortalece quem assume essa posição. Dobrar joelhos não significa colocar mais meia dúzia de tijolos, mas energizar-se intimamente com o Espírito de Deus. Ajoelhar-se é enraizar-se no amor, no chão onde caminhamos, ao lado de pessoas com mil faces.
Relacionar-se com gentes, traz problemas – quem não sabe disso?
Somos cristãs? Somos cristãos? Então, em meio aos muitos conflitos, sigamos a linha de Jesus Cristo e procuremos as melhores saídas.
O que importa não é o que e como fazemos as coisas. Esqueçamos as medidas e, então, enraizemos no amor.
É só assim que o ILCV pode funcionar. Confiança mútua e, depois, estruturar as responsabilidades de cada voluntária ou voluntário; ventilar sempre de novo a responsabilidade e a boa comunicação interna; apoiar-se mutuamente, lá onde é preciso; elogiar, mas também criticar construtivamente.
É desse jeito que se conhece a largura, o comprimento, a altura e a profundidade do nosso projeto ILCV.
O que é que o autor de Efésios quis dizer com isso?
Entendo que ele pensou na nossa vida, e, em como nos relacionamos com as pessoas parceiras.
Creiam! O nosso trabalho não se resume na escrita de um WhatsApp alegre, engraçado ou, quem sabe, crítico. O que nos cabe é a descoberta da largura, do comprimento, da altura e da profundidade do nosso plano.
Sobre a “profundidade”. Há quem se pergunte: - Porque Deus permite tanto sofrimento no mundo? Pois é! A questão é que sem a experiência desse tal sofrimento, a nossa vida não teria profundidade. Opa!
Para terminar! A profundidade é apenas uma dimensão da vida. Se “dobrarmos os joelhos” e irmos ao encontro das pessoas, com nossas raízes fincadas no amor, descobriremos as muitas dimensões da nossa função, em meio à vida: a profundidade, a altura, a largura, o comprimento e o amor. É isso!
P. Renato Luiz Becker
é Pastor Emérito da IECLB
reside em Florianópolis
é Associado Colaborador do ILCV
membro da Comissão de Comunicação do ILCV