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Dom Maurício de Andrade é o novo bispo-primaz anglicano

01/08/2006

Em cerimônia festiva na Catedral de São Tiago, nesta capital, o bispo Maurício José Araújo de Andrade, da Diocese de Brasília, foi instituído bispo primaz da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB). Ele foi eleito no XXX Sínodo Geral da Igreja, reunido em Curitiba de 26 a 30 de julho, e substitui no posto máximo do anglicanismo brasileiro o bispo dom Orlando Santos de Oliveira.

Embora tenha sido consultado previamente, o resultado da eleição foi uma surpresa, disse o novo primaz à ALC. O XXX Sínodo, detectou Andrade, apontou três sinais: o sinal da alegria da vivência comunitária, o sinal da unidade provincial, que é muito importante para ajudar a Igreja a vencer os desafios postos, e o sinal da maturidade, de perceber o crescimento da igreja, “espraiando” a presença anglicana pelo Brasil. Esses três sinais servirão de baliza ao seu primado, de 2006 a 2009.

Dom Maurício de Araújo Andrade tem uma extensa folha de serviço na IEAB. Matriculou-se no Seminário Presbiteriano do Norte, e complementou, em 1986, seus estudos no Seminário Anglicano, os dois no Recife. Pastoreou a Paróquia de Santa Maria, em Belém do Pará, e foi chamado para a secretaria geral da Igreja, em 1994, função que desempenhou por dez anos, em Porto Alegre. Em 2003, foi eleito bispo diocesano de Brasília. Ele foi o primeiro bispo não-católico romano sagrado na Catedral Nacional, da Igreja Católica.

Ecumenismo e missão são duas dimensões bem presentes no ministério do novo primaz anglicano. Dom Maurício é o presidente do Conselho Latino-Americano de Igrejas (CLAI), região Brasil, e um dos coordenadores do Fórum Ecumênico do Brasil, que teve um papel destacado na preparação da IX Assembléia do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), realizada em fevereiro, em Porto Alegre.

No período em que dom Maurício esteve à frente da secretaria geral, a IEAB buscou novos caminhos de inspiração e entusiasmo missionário, cujos resultados se fortaleceram nesse Sínodo-Geral. A Diocese Anglicana de Curitiba, que abrigou o encontro nacional, foi instalada naquele período, e o Distrito Missionário da Amazônia, também fruto daquele trabalho, ganhou, agora, status de Diocese.

O Sínodo de Curitiba elegeu o reverendo Saulo Maurício de Barros para bispo da nova Diocese da Amazônia, e o bispo dom Sebastião Armando Gameleira Soares, da Diocese de Pelotas, no Rio Grande do Sul, para a Diocese do Recife. O Sínodo Geral também aceitou a indicação do primaz eleito e ratificou o nome do reverendo Francisco de Assis para assumir a secretaria geral da IEAB.

Acatando recomendação da Comissão de Constituição e Cânones, o Sínodo-Geral aprovou a divisão da Província brasileira em três regiões, em caráter experimental, para que trabalhem de forma integrada na ação pastoral e formação teológica.

Observadores e convidados do exterior acompanharam os trabalhos do XXX Sínodo-Geral, informou o serviço de imprensa da igreja brasileira. A reverenda Mary Caufield, da Diocese de Massachusetts, agradeceu o apoio pastoral que a IEAB prestou no atendimento a imigrantes brasileiros que vivem nos Estados Unidos. O bispo inglês Patrick Harris e o bispo peruano William Godfrey apresentaram-se ao Sínodo Geral como representantes pastorais do arcebispo de Cantuária.

A composição do XXX Sínodo-Geral com direito a voto foi de 54 bispos, clérigos e leigos, representantes das sete Dioceses e dois Distritos Missionários que abrangem o território nacional, que estudaram o lema sinodal e tema “Responsabilidade cristã: fortalecer a Igreja para o serviço no mundo de Deus. Adoração, serviço e compromisso”.

Fonte: ALC Notícias
 

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Romanos 14.19
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