IECLB e Igreja Católica Apostólica Romana


- Brasil
ID: 2723

Liturgia para a celebração do 20º Aniversário da Declaração Conjunta da Doutrina da Justificação

04/10/2019

 

Liturgia para a Celebração do 20º Aniversário
da
Declaração Conjunta da Doutrina da Justificação – DCDJ
 

31 de outubro de 2019


Preparação

Pia batismal e uma jarra com muita água e, ao lado da pia batismal, o círio pascal. Uma mesinha auxiliar, ao lado da pia batismal, com cinco velas apagadas (que serão acesas durante a Oração de Intercessão).

As partes da liturgia (L.) podem ser divididas entre representantes da Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) e da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).

LITURGIA DE ABERTURA

Prelúdio

Órgão, ou outro instrumento, ou coral)

 

Hino Louvado seja Deus – LC 146 (ou outro hino de ação de graças)

A liturgia inicia em torno da pia batismal. Onde for possível, colocar a pia batismal mais próxima da comunidade, por exemplo, logo à frente dos primeiros assentos. Convidar a comunidade a colocar-se de pé e olhar em direção à pia batismal.

 

Saudação trinitária

(Ao redor da pia batismal. Acender o círio pascal!)

L. Em nome do Pai, do (+) Filho e do Espírito Santo. Amém!

L. O Senhor seja com vocês!

C. E com seu Espírito.

Ação de graças pelo Batismo

L. Reunimo-nos em torno da pia batismal para recordar que, pelo batismo, fomos incorporados e incorporadas no único Corpo de Cristo. “Há um só corpo e um só Espírito, assim como a esperança para a qual vocês foram chamados é uma só; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por meio de todos e em todos” (Efésios 4.4-6).

(Neste momento, derrama-se a água na pia batismal)

 

L. (Oremos) Bendito sejas, ó Deus, Senhor e Criador de todas as coisas. Na criação, tua voz poderosa ressoou sobre as águas. Tu regas as montanhas e fazes brotar mananciais nos vales para refrescar e saciar todos os seres viventes; guiaste as criaturas da arca através das águas do dilúvio, garantindo-lhes a sua seguridade; conduziste o teu povo, Israel, da escravidão à liberdade através das águas do mar.
Nós te suplicamos: Derrama o teu Santo Espírito e, mediante a tua palavra e através desta água, purifica-nos, limpa-nos de todo o pecado; reveste-nos da nova vida em Cristo e faze-nos viver como pessoas batizadas e declaradas como tuas filhas e teus filhos. Por Jesus, que, contigo, vive e reina em unidade com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém (conclui com o sinal da cruz sobre a água).

L. Confessemos em conjunto a nossa fé:

L. Vocês creem em Deus Pai?

C. Cremos em Deus-Pai, todo poderoso, criador do céu e da terra.

L. Vocês creem em Jesus Cristo, o Filho de Deus?

C. Cremos em Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nosso Senhor, que foi concebido pelo Espírito Santo, nasceu da virgem Maria, padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado. Desceu ao mundo dos mortos, ressuscitou no terceiro dia, subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai, de onde virá para julgar os vivos e os mortos.

L. Vocês creem em Deus, Espírito Santo?

Cremos no Espírito Santo, na santa Igreja cristã, na comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição do corpo e na vida eterna. Amém.

Hino de abertura Ó que mil línguas eu tivesse (LC 611)

(Convidar as pessoas a se dirigirem até a pia batismal durante o canto, tocar na água e a se persignarem (+), recordando o seu batismo. As pessoas celebrantes seguem até o altar.)

 

Saudação

Luterano/a: É com imensa alegria que hoje, nós, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil e Igreja Católica Apostólica Romana, celebramos 20 anos da Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação. No dia 31 de outubro de 1999, a Federação Luterana Mundial e a Igreja Católica Apostólica Romana assinaram a Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação (DCDJ), em Augsburgo, Alemanha.
Damos graças a Deus por este ato de fé e compromisso, e pelo caminho que percorremos em conjunto. Conforme está expresso na Declaração: “Alcançamos estas novas percepções por nossa maneira conjunta de escutar a Palavra de Deus nas Escrituras Sagradas. Juntos e juntas, ouvimos o Evangelho de que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16). (DCDJ)

Católico/a: Nesta Declaração, “confessamos, em conjunto, que o ser humano, no que concerne à sua salvação, depende completamente da graça redentora de Deus. A liberdade que ele possui para com as pessoas e coisas do mundo não é a liberdade com relação à salvação. Isto quer dizer que, como pessoa pecadora, o ser humano se encontra sob o juízo de Deus, sendo por si só incapaz de se voltar a Deus em busca de salvação ou de merecer a sua justificação perante Deus, ou de alcançar a salvação pela própria força. A justificação acontece somente por obra da graça de Deus”. (DCDJ)

Luterano/a: “Para a tradição luterana, a doutrina da justificação conservou relevância especial. Por isso, desde o início, ela também ocupou um lugar importante no diálogo oficial luterano-católico.” ((DCDJ)

Católico/a: “A doutrina da justificação é medida ou pedra de toque para a fé cristã. Nenhuma doutrina poderá contradizer este critério. Neste sentido, a doutrina da justificação é um critério indispensável que visa orientar toda a doutrina e prática da Igreja incessantemente para Cristo.” (DCDJ)

L. Porque Deus nos conduziu no caminho do diálogo e ao compromisso conjunto em torno de questões fundamentais para a fé cristã, nós o louvamos e agradecemos. Cantemos ao nosso Deus:

Canto Caminhamos pela luz de Deus (LC 305)

LITURGIA DA PALAVRA

Leituras bíblicas

Leitura de Romanos 3. 21-28

Canto: Senhor, que a tua palavra transforme a nossa vida, queremos caminhar com retidão na tua luz.

Leitura do Evangelho

L. Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo ... (Mt 13.31- 33 ou Jo 15.1-5 ou 17.20-26). Aleluia!

Canto Aleluia (Leitura)

Pregação

Hino Somos gente da esperança

L. Relembrando o nosso compromisso, vamos, neste momento, ouvir extratos da Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação.

Instrumental Onde reina o amor (LC 4)

(Ou outro canto similar, tocado suavemente pelo órgão ou outro instrumento, durante as leituras que seguem.)

 

Leitor/a: “A justificação é perdão dos pecados” (cf. Rm 3.23-25; At
13.39 e Lc 18.14), é libertação do poder do pecado e da morte (Rm 5.12-21), e da maldição da lei (Gl 3.10-14). A justificação significa acolhida na comunhão com Deus, desde agora, mas de forma plena e definitiva no reino vindouro de Deus (Rm 5.1s). Ela nos une com Cristo, em sua morte e ressurreição (Rm 6.5). Ela acontece na acolhida do Espírito Santo, no batismo, como incorporação no corpo único de Cristo (Rm 8.1-2, 9s; 1Co 12.12s.). E tudo isto provém somente de Deus, por amor de Cristo, por graça, pela fé no ‘Evangelho de Deus com respeito ao seu Filho’ ” (Rm 1.1-3). (DCDJ)

Leitor/a: “Confessamos, em conjunto, que as boas obras – uma vida cristã de fé, esperança e amor – se seguem à justificação e são frutos da justificação. Quando a pessoa justificada vive em Cristo e atua na graça recebida, produz, biblicamente falando, bom fruto. Esta consequência da justificação é, ao mesmo tempo, uma obrigação a ser cumprida pela pessoa cristã, na medida em que luta contra o pecado durante a vida toda; por isso, Jesus e os escritos apostólicos admoestam as pessoas cristãs a realizarem obras de amor”. (DCDJ)

Leitor/a: Para a Igreja luterana, “a distinção e a correta correlação de lei e Evangelho é essencial para a compreensão da justificação. A lei, em seu uso teológico, é exigência e acusação às quais está sujeita, durante a vida inteira, toda pessoa, também a pessoa cristã, na medida em que é pecadora; e a lei põe em descoberto seu pecado, para que, na fé no Evangelho, ela se volte inteiramente para a misericórdia de Deus em Cristo, a qual unicamente a justifica.” (DCDJ)

Leitor/a: “Católicos podem compartilhar da preocupação dos reformadores de basear a fé na realidade objetiva da promessa de Cristo, desconsiderando a própria experiência e confiando somente na palavra promitente de Cristo (cf. Mt 1619; 18.18). Com o Concílio Vaticano II, os católicos sustentam: crer significa confiar-se inteiramente a Deus, que nos liberta das trevas do pecado e da morte e nos desperta para a vida eterna.” (DCDJ)

Canto Onde reina o amor (Taizé)

Oração de intercessão

(Convidar e preparar um grupo de cinco jovens para dirigirem esta oração. Será feita ao redor da pia batismal e do círio. Antes de cada intercessão, a pessoa jovem acende uma das velas menores no círio pascal e a coloca na mesa auxiliar, ao lado do círio.)

 

L. Como comunidade de Cristo, entreguemos as necessidades da Igreja, do mundo e de todas as pessoas em sofrimento ao cuidado amoroso de Deus. Cantemos:

Canto: Kyrie eleison!

Acende a primeira vela)

 

Jovem 1: Damos graças a Deus pelo passo decisivo dado pela Federação Luterana Mundial e Igreja Católica Apostólica Romana na busca pela superação da divisão da Igreja, através da Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação. Suplicamos pela unidade da Igreja em todo o mundo. Fortalece, entre nós, o testemunho da verdade, da justiça e do amor. Mantém abertas as portas do diálogo ecumênico e a colaboração entre todas as pessoas de boa vontade. Dá que, sob a luz do Evangelho, cresçamos na comunhão com todas as pessoas batizadas. Rogamos ao Espírito Santo que nos conduza adiante para a unidade visível que é a vontade de Cristo.

Canto: Kyrie eleison!

(Acende a segunda vela)

 

Jovem 2: Restaura a criação que sofre. Ensina-nos a reconhecer o limite da nossa própria liberdade e a compartilhar os nossos dons e recursos, reconhecendo nossa relação de mútua dependência e de cuidado com todas as pessoas e com toda a criação.
Inunda-nos de paz, para que vivamos como uma só família humana.

Canto: Kyrie eleison!

(Acende a terceira vela)

 

Jovem 3: Dá que a reconciliação que nos foi concedida por Cristo alcance todas as pessoas e todos os povos, para que os conflitos, a guerra e a violência cheguem ao fim. Protege todas as pessoas refugiadas e dispersas. Dá-nos força e coragem para defender a sua dignidade, bem como os seus direitos humanos em plenitude.

Canto: Kyrie eleison!

Acende a quarta vela)

 

Jovem 4: Acolhe em teus braços todas as pessoas que te invocam e ampara as pessoas, independentemente da fé que professam. Põe fim aos conflitos inter-religiosos e faz com que sejamos testemunhas mais fiéis do teu amor misericordioso.
Acompanha e protege as pessoas que, por causa da fé em ti, sofrem perseguição. Cuida bem das pessoas de outras religiões que também são perseguidas por causa de sua fé.

Canto: Kyrie eleison!

(Acende a quinta vela)

 

Jovem 5: Ilumina as pessoas que detêm poder político, jurídico e econômico, para que não caiam no pecado da indiferença e autossuficiência, para que amem e defendam o bem comum, favoreçam os mais fracos e cuidem do ecossistema em que vivemos.

Canto: Kyrie eleison!

L. Confiantes de que tu, ó Deus, ouves as súplicas em favor das necessidades deste mundo e pela unidade no testemunho das pessoas cristãs, oramos como Jesus nos ensinou:

Pai Nosso

(Oração conjunta ou um cântico referente ao Pai-nosso)

 

LITURGIA DE DESPEDIDA

Bênção e Envio

L. Concede-nos, ó Deus, a tua graça, abençoa-nos e faça resplandecer o teu rosto sobre nós.

L. Abençoa, ó Deus, toda a criação e faça com que teus desígnios sejam conhecidos na terra e o teu poder salvífico entre todos os povos.

L. Abençoa-nos, ó Deus, Pai, (+) Filho e Espírito Santo, abençoa toda a criação. Mantenha-nos no teu caminho, unidos e unidas na esperança. Amém.

Hino: Alma, bendize o Senhor (LC 511)

L. Vão em paz! Testemunhem e sirvam a Deus, em unidade.

C. Demos graças a Deus.

Gesto da paz

(As pessoas são convidadas a compartilhar o sinal da paz)

 

Poslúdio (órgão ou outro instrumento)

(Durante o hino, a equipe litúrgica sai em procissão)

 

No dia 31 de outubro de 1999, a Federação Luterana Mundial e a Igreja Católica Apostólica Romana assinaram a Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação (DCDJ), em Augsburgo, Alemanha.

 



 

Foi assim que Deus mostrou o seu amor por nós: Ele mandou o seu único Filho ao mundo para que pudéssemos ter vida por meio dele.
1João 4.9
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