Dois palestrantes na parte da manhã motivaram a reflexão das pessoas participantes do encontro, que vieram de diversas comunidades do Sínodo Vale do Itajaí. A abertura do encontro teve uma meditação do vice-pastor sinodal do Sínodo Vale do Itajaí, Sigfrid Baade, que participou durante todo o encontro.
O primeiro palestrante foi o professor José Sommer. Professor da Escola Barão e educador ambiental da Fundação Municipal do Meio Ambiente de Blumenau/SC, Sommer alertou para as diversas situações em que moldamos a nossa ética para justificar ações predatórias que comprometem a relação humana com a natureza. A questão central é desconstruir a visão equivocada de que tudo existe em função da humanidade. O antropocentrismo é a principal causa de consideramos as demais criaturas como meros objetos à nossa disposição, pontuou Sommer. Essa visão tem criado um conceito insustentável de consumo, baseado no desejo de sempre adquirir coisas novas.
O sociólogo e professor da FURB Luciano Florit falou também sobre o problema ético do processo de exploração industrial baseado na criação de animais sencientes. Animais mamíferos, como porcos e rebanhos bovinos, bem como as aves criadas em granjas para abate e produção de ovos, sentem dor. Sua exploração levanta um problema ético na relação da humanidade com as demais criaturas.
Na parte da tarde, o grupo ouviu depoimentos do andamento dos programas ambientais na obra da sede sinodal do Vale do Itajaí, no Centro de Eventos Rodeio 12 e na Escola Barão, além de alguns programas que foram iniciados e estão temporariamente em ritmo reduzido. Também foi possível ouvir um relatório das ações do Galo Verde durante o 23 Congresso Nacional da Juventude Evangélica em Timbó. Ao final, uma meditação com o pastor Guilherme Lieven encerrou o dia.