No mês de julho, a Fundação Luterana de Diaconia esteve trabalhando durante 10 dias com a consultora alemã Karin Stahl, que está fazendo uma avaliação de fundos para pequenos projetos a pedido da agência Pão para o Mundo (Brot fuer die Welt). Karin trabalhou cinco anos na agência, mas desde o ano de 2000 atua de forma independente, realizando avaliações e capacitação em fortalecimento institucional para diversas entidades financiadoras, estatais e não estatais, principalmente na Alemanha.
Conforme explica a consultora, Pão para o Mundo iniciou este trabalho – uma avaliação global – em 2003, no continente africano. Este ano, as consultas estão sendo feitas na América Latina. No Brasil, Pão para o Mundo mantém três fundos para pequenos projetos: um na Fundação Luterana de Diaconia, outro na Cese (BA) e o terceiro na Fase (RJ). O principal objetivo é verificar como a ferramenta está servindo para o financiamento de pequenos grupos, confirma Karin. Não vim aqui para visitar os projetos, mas para analisar o funcionamento dos fundos e depois abrir uma discussão estratégica, buscando aperfeiçoá-los no seu atendimento a grupos de base.
Karin considera que o fundo de pequenos projetos é um instrumento interessante, não somente por apoiar pequenas iniciativas de base, mas pela sua flexibilidade, que permite reagir à dinâmica de demandas sociais e suas mudanças, identificando e apoiando novos grupos e novos movimentos.
Outra avaliação importante é que os fundos, além de instrumento financiador, funcionam como capacitadores e formadores, através do acompanhamento prestado por instituições como a Fundação Luterana de Diaconia. Os grupos menores aprendem muito com a assessoria que vem junto com acompanhamento, diz a consultora.
No que se refere à Fundação Luterana de Diaconia, Karin avalia como positivo o fato do Fundo para Pequenos Projetos estar abrigado numa instituição juridicamente independente da IECLB. Desta forma, é possível atender um maior número de projetos diferenciados, independente das demandas da igreja e das suas congregações. Penso que se antes o fundo respondia mais a este tipo de demandas, agora pode atender outras dinâmicas sociais, cumprindo a missão explicitada pela FLD, de fortalecimento da sociedade civil
Fonte: Susanne Buchweitz