Em tempos de pandemia, com distanciamento social controlado, a palavra da vez é REINVENTAR-SE. Assim o grupo de Saúde Comunitária da Comunidade Redentor, em Canabarro, Teutônia/RS, na preocupação em diversificar os alimentos das cestas básicas que estavam sendo doadas para famílias em situação de vulnerabilidade social, iniciaram a horta comunitária. Antes um sonho, de começar um dia talvez se torna realidade com o objetivo de distribuir alimentos saudáveis.
O grupo de Saúde Comunitária existe desde 2006. Um grupo de mulheres que se reúne mensalmente com assessoria do Capa – Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia para aprendizado de receitas de bolos, pães, geleias, extratos e pomadas medicinais e trocas de saberes. As mulheres multiplicam o conhecimento e partilham saberes. Há três anos realiza-se o café colonial orgânico, em junho, no mês do alimento orgânico. O evento é realizado a partir da aprendizagem de receitas e atinge um público mais jovem que busca alimentação saudável e propostas novas de alimentação. A procura é tão grande que se limitou a venda de cartões.
Em 2019, o CAPA incentivou o plantio de arvores frutíferas e nativas. Ali no entorno, desenvolveu-se a horta. A Horta Comunitária é parte integrante de toda proposta desempenhada pelo Grupo de Saúde Comunitária. No mês de abril, iniciou-se a plantação e semeadura com doações de mudas e sementes de hortaliças por pessoas que simpatizaram com a proposta. Hoje, temos parceria firmada com a COOPERATIVA LANGUIRU e o CAPA.
O grupo que trabalha na horta é constituído de voluntários e voluntárias que acreditam no objetivo de uma alimentação saudável e orgânica, além do cultivo para beneficiar pessoas em vulnerabilidade. A horta terá um dia da semana aberta a feira. As pessoas colhem o seu alimento e também levam para alguém que precisa, convidando para conhecer a horta e para buscar o seu alimento. Assim, vai se estabelecendo uma rede. As pessoas vão conhecendo um pouco mais de seus vizinhos, estarão atentos ao sofrimento e desenvolvem a empatia com a dor da outra pessoa.
Texto de Pa Cristiane Echelmeier