Escavações comprovam que o tanque de Betesda era uma cisterna, alimentada por uma fonte subterrânea. Talvez se tratasse de uma fonte de água medicinal, que de vez em quando borbulhava. Podemos imaginar que ali, à margem do tanque, a miséria se concentrava. Ainda que estas pessoas soubessem algo a respeito dos feitos de Jesus e de suas curas maravilhosas, não podiam ir a ele. Precisavam de ajuda. (Leia Mc 2.1-4.) “Não seria exagero dizer que a multidão de miseráveis junto ao tanque de Betesda representa a multidão de miseráveis em nosso mundo” (K. Vollmer). Como os doentes junto ao tanque não podiam ir a Jesus, Jesus foi até eles naquele dia. Aquele foi o momento divino, o dia da salvação para aquelas pessoas. (Leia Lc 4.18-21.)
Jesus deixou a glória do Pai para transformar a miséria humana em salvação, pela sua graça. Esta é a misericórdia de Deus. “Eis agora o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação” (2 Co 6.2b). Como seres humanos, estamos expostos à miséria. Porém, conhecemos o Salvador do mundo, que sabe como reagir à miséria e vencê-la: Jesus Cristo. Podemos testemunhar que ele ama muito a cada um. Por isso, podemos levar a ele todas as nossas necessidades e clamar pelo seu auxílio. Ele ouve e vê com o coração. Naquela ocasião ele não evitou aquele lugar miserável. E hoje, como Senhor ressurreto e exaltado, também não o faz. Pelo contrário: Ele veio como Salvador do mundo e de cada pessoa. Quantos miseráveis será que havia junto ao tanque de Betesda? Ele não ignora ninguém. Por que será que ele se dirigiu justamente a este um? (Leia Sl 50.15; 121.1-8.)